• Matéria: Português
  • Autor: ggg5366
  • Perguntado 7 anos atrás

diferença entre linguistica e gramatica tradicional e de exemplos de possibilidades de aplicaçoes da linguistica​

Respostas

respondido por: vicentevictor9ox61fb
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Resposta:1) entender o domínio da língua não apenas como um saber sobre ela, mas primordialmente como o domínio de um conjunto de habilidades de uso da língua em cada situação;

2) aplicar princípios la Lingüística na metodologia do ensino de línguas.

Os estudos atuais procuram descartar, sobremaneira, não só o aspecto sistemático e criativo da linguagem, mas também a adequação realizada em cada momento do ato lingüístico. A tendência é a de superar reduções excessivas praticadas em momentos precedentes na investigação e integrar aspectos complementares decorrentes da justa avaliação das dimensões social e individual dos usos como centrais e determinantes.7

Paralela às teorias e procedimentos da Lingüística surge a Lingüística Aplicada, como disciplina científica, que é o ponto de convergência de uma multiplicidade de investigações de alguns setores das ciências sociais, pedagógicas e didáticas de línguas.

A aplicação da Lngüística implica uma compreensão das coordenadas e dos termos que configuram o ato verbal e do complexo de funções nele inseridas.

Compreende-se, desta forma, que o ensino da língua deve estar associado a uma ciência que é a Lingüística. Contudo, repensar o ensino de língua como fundamento na Lingüística não significa introduzir diretamente, nas escolas de 1º e 2º graus, as formulações teóricas mais recentes; nem se trata de realizar um exercício meramente mecânico de passar as conclusões teóricas para a atividade pedagógica; é, isto sim, desenvolver uma pedagogia de Português a partir de se assumir uma ou outra ou várias das diferentes teorias lingüísticas. É um trabalho indireto e, por isso, interdisciplinar.

Uma compreensão mais rica do fenômeno lingüístico - fornecida pelas formulações teóricas - será o suporte para a definição de novas diretrizes para o ensino.

A lingüística aplicada ao ensino de línguas absorverá os aspectos centrais que decorrem do conhecimento científico da natureza e funcionamento da linguagem e das línguas, da sua aquisição e domínio por parte de um falante, do papel que desempenham no seio das comunidades, e suscitará que informem a didática, constituindo-se em instrumento de configuração, de equacionamento e também de resolução de problemas que atingem esta área de atividade.8

Também não é o caso de introduzir uma terminologia nova - oriunda das teorias lingüísticas - nas gramáticas tradicionais e no ensino - como tem ocorrido com certa freqüência - e pensar que se está com isso produzindo uma mudança qualitativa no ensino de língua.

O ponto crítico do ensino de Português tem sido a ênfase unilateral ao estudo da teoria gramatical. Nossos alunos passam onze anos nas escolar e, freqüentemente, o que lhes é apresentado é apenas metalíngua - conceitos, regras, exceções.

Em estudos realizados sobre a gramática tradicional, FARACO acentua que

a língua continua a ser vista de modo cristalizado: para as gramáticas tradicionais só existe uma língua portuguesa (aquela prevista por elas); as variantes lingüísticas, em geral, são vistas como formas erradas, condenadas, não recomendáveis, uma espécie de corrupção da língua verdadeira, pura.

Tem-se a impressão que a língua é um fenômeno homogêneo e imutável no tempo: os fatos que as gramáticas apresentam são, em geral, arcaicos.9

Entre os motivos apresentados como contrários ao ensino da teoria gramatical, destacamos dois: primeiro, o fato de que é possível dominar a língua sem conhecer-lhe a teoria gramatical, como acontece na aquisição da língua pela criança; segundo, o fato de que a teoria gramatical ensina nas escolas é bastante imprecisa, defasada em relação às mudanças ocorridas na língua.

Concluímos, então, que não se pode restringir o ensino da Língua Portuguesa ao ensino da teoria gramatical.

Mas, além de ter feito pouco esforço no sentido de criar uma lingüística aplicada ao ensino de Português, com suas naturais conseqüências para a formação do professor de 1º e 2º graus (basta lembrar que as normalistas não tem nenhuma formação lingüística), há um outro problema que afeta esse ensino, a saber: a falta de descrições razoáveis da língua portuguesa nas modalidades em que ela é falada aqui no Brasil, o que dificulta a orientação do seu ensino.

Explicação:

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