Ótavio é um gestor financeiro. Ele elabora relatórios analíticos e indicadores quantitativos para a empresa em que atua. Homero, estudante de economia, faz estágio na empresa em que Otávio trabalha. Homero deve alimentar um sistema com informações sobre os dados econômicos que será utilizado por Otávio, bem como atualizar as possíveis fontes de informações da conjuntura econômica. Daí, o estagiário teve acesso à Carta de Conjuntura, publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com dados do 2º trimestre de 2019:
O saldo total de crédito no SFN como porcentagem do PIB permanece em 47% há vinte meses, significando, claro, que, nesse período, o saldo de crédito tem crescido no mesmo ritmo do PIB. Essa estabilidade do saldo total de crédito em relação ao PIB, porém, é composta de trajetórias diferentes dos seus componentes. Como ilustrado no gráfico 1, o saldo de crédito livre para PFs e o de crédito livre para PJs cresceu, enquanto o de crédito direcionado para PFs ficou estável e o do direcionado para PJs caiu. O gráfico 2 mostra que o movimento foi de queda no crédito concedido por bancos públicos e de elevação no concedido pelas instituições financeiras privadas. Essa queda no crédito direcionado para PJs, juntamente com a queda no crédito emitido por bancos públicos, reflete, na maior parte, a queda no saldo de crédito concedido pelo BNDES: nesse período de comparação, a queda nominal no saldo de financiamento de investimentos com recursos do BNDES foi de 20%, passando – o saldo – de R$ 517 bilhões em agosto de 2017 para R$ 414 bilhões em março de 2019.
Como o BCB tem ressaltado em suas publicações, como nos relatórios trimestrais de inflação (RIs) e nos semestrais de estabilidade financeira (REFs), essa queda tem sido em parte compensada pelo maior recurso das empresas ao mercado de capitais, por meio de emissões de ações, debêntures e notas promissórias, e, ao mercado externo, via emissão de títulos, contratação de empréstimos e operações intercompanhia. No mesmo período de comparação, por exemplo, entre agosto de 2017 e março de 2019, o saldo de recursos obtidos junto ao mercado de capitais cresceu 35% e o de obtidos no mercado externo, 27% – neste caso, influenciado pela taxa de câmbio; em dólares, o crescimento foi de 3%.
BASTOS, Estevão Kopschitz X. Crédito e Juros. In: Carta de Conjuntura n.43 – 2º trim. 2019. Brasília: IPEA [recurso eletrônico]. Disponível em: . Acesso em 24 jun 2019 (adaptado).
Texto elaborado com informações disponíveis até 03 mai de 2019.
Otávio pediu para Homero preencher um comentário no sistema para considerar a informação que era para ele, relevante extrair do texto:
Entre outras informações, observa-se que há uma queda no saldo de crédito concedido pelo BNDES, e, uma possível consequência, é a compensação desta queda através de maior recurso das empresas ao mercado de capitais, por meio de emissões de ações, debêntures e notas promissórias, e, ao mercado externo, via emissão de títulos, contratação de empréstimos e operações intercompanhia.
Homero ficou instigado com essas associações de informação do texto. Cursa o 2º ano de economia e ainda não teve a oportunidade de associar alguns assuntos com o vasto universo econômico. Resolveu perguntar para Otávio: Qual a relação da economia com o mercado financeiro? E, mais, como é possível uma queda na concessão de crédito, por parte do BNDES ter relação com o mercado financeiro e ou/ de capitais?
Nesse sentido, elabore um texto, com no máximo uma lauda, ajudando Otávio a responder esses questionamentos utilizando a figura esquemática abaixo:
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Resposta: Ainda não alguem me ajuda?
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