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Em 1950 o Brasil era um país pobre e agrícola. Embora já estivesse experimentando crescimento mais acelerado desde o início do século, sua renda per capita ainda era muito baixa e seus indicadores sociais bastante precários. Em termos relativos o quadro configurava-se
desalentador, já que nossa renda per capita correspondia a somente 15% da norte americana e encontrava-se muito inferior à de outros países latino-americanos, como Argentina, Venezuela, México e Colômbia. Ao mesmo tempo, a escolaridade da população era a menor da
América do Sul e os indicadores de pobreza e desigualdade de renda estavam dentre os mais elevados.
Entre 1950 e 1980, o Brasil passou por uma profunda transformação. Nesse período, a economia brasileira cresceu a uma das taxas mais elevadas do mundo e o país deixou de ser predominantemente rural e agrícola, para se tornar urbano e com sua produção concentrada na indústria e no setor de serviços. O rápido crescimento foi viabilizado em boa medida pela maciça transferência de recursos da agricultura, caracterizada por baixa produtividade, para setores mais produtivos, como a indústria e serviços. Entretanto, com exceção do período
de reformas associadas ao Programa de Ação Econômica do Governo
(PAEG) entre 1964 e 1967, com forte impacto posterior sobre o crescimento, a tônica das estratégias de desenvolvimento do período centrou-se no incentivo à acumulação de capital físico, industrialização via substituição de importações e ativa participação do estado na economia. Os investimentos em educação foram relegados a um papel secundário, com gastos inferiores que aqueles em infra-estrutura.
Além deste descaso com a educação, as políticas sociais (por exemplo, em saúde e saneamento) foram insuficientes ou mal focadas. Assim, embora a economia tenha crescido vigorosamente, os indicadores sociais no período avançaram muito pouco. Em
1980, a escolaridade média da população continuava baixa, e a desigualdade e pobreza permaneciam elevadas. Já de 1980 até 2011 o país cresceu muitopouco e a produtividade do trabalho praticamente não avançou.
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