• Matéria: Artes
  • Autor: adrianyfernandac
  • Perguntado 7 anos atrás

Qual a importancia da instalação artística?
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Respostas

respondido por: gabbi1165
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Resposta:

O termo instalação foi incorporado ao vocabulário das artes visuais na década de 1960, designado assemblage ou ambiente construído em espaços de galerias e museus.

Inicia-se com as primeiras experimentações modernistas estabelecidas por Kurt Schwitters (Merzbau, 1923) e Marcel Duchamp (16 milhas de fio, 1942). No mundocontemporâneo, sua força expressiva toma forma com as linguagens da Land Art, Minimal Art, Work in Progress e Intervenções Urbanas.

A Instalação é uma forma de arte que utiliza a ampliação de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala. Pintura, escultura e outros materiais são usados conjuntamente para ativar o espaço arquitetônico. O espectador participa ativamente da obra e, portanto, não se comporta somente como apreciador.

Ela pode ter um caráter efêmero (só existir na hora da exposição) ou pode ser desmontada e recriada em outro local. Diferentemente do que ocorre tradicionalmente com as esculturas ou pinturas, a mão do artista não está presente na obra como um item notável.

Uma instalação pode ser multimídia e provocar sensações: táteis, térmicas, odoríficas, auditivas, visuais entre outras.

O conceito, a intenção do artista ao formular seu trabalho é em grande parte a essência da própria obra, na medida em que a instalação emerge no contexto da Arte Conceitual.

A Instalação, enquanto poética artística, permite uma grande possibilidade de suportes, a gama variada de possibilidades, em sua realização pode integrar recursos de multimeios, por exemplo, videoarte, caracterizando-se em uma videoinstalação.

A obra contemporânea é volátil, efêmera, absorve e constrói o espaço a sua volta, ao mesmo tempo, que o desconstrói. A desconstrução de espaços, de conceitos e ideias está dentro das práxis artísticas da qual a Instalação se apropria para se afirmar enquanto obra.

Essencialmente, é a construção de uma verdade espacial em lugar e tempo determinado. É passageira, possui presença efêmera que se materializa de forma definitiva apenas na memória. O sentido de tempo, no caso da fruição estética da Instalação é o não-tempo, onde essa fruição se dá de forma imediata ao apreciar a obra in loco, mas permanece em sua fruição plena como recordação.

Essa questão do tempo é crucial na Instalação, fazendo com que a mesma seja um espelho de seu próprio tempo, questionando assim o homem desse tempo e sua interação com a própria obra.

As combinações com várias linguagens como vídeos, filmes, esculturas, performances, computação gráfica e o universo virtual, fazem com que o público se surpreenda e participe da obra de forma mais ativa, pois ele é o objeto último da própria obra, sem a presença do qual a mesma não existiria em sua plenitude.

Esta participação ativa em relação à obra faz com que a fruição da mesma se dê de forma plena e arrebatadora, o que em muitos casos pode até mesmo tornar esta experiência incômoda e perturbadora.

A necessidade de mexer com os sentidos do público, de instigá-lo, quase obrigá-lo, a experimentar sensações, sejam agradáveis ou incômodas, faz da Instalação um espelho de nosso tempo. Pode-se dizer de fato que a Instalação é uma obra época, a qual só faz sentido se vista e analisada em seu tempo-espaço.

Destacamos os artistas:

Christo (1935) e Jeanne-Claude (1935-2009), ele artista búlgaro, nascido como Christo Vladimirov Javacheff e ela, filósofa marroquina, nascida como Jeanne-Claude Denat de Guillebon, foram um casal de artistas conhecidos mundialmente por suas instalações, viveram juntos por 51 anos.

Christo começou sua formação profissional como assistente de voo, antes de encontrar seu caminho na arte. Jeanne-Claude conheceu Christo em 1958 em Paris, depois de encomendar ao artista um quadro da mãe dela. Em maio de 1960, nasceu o filho do casal, Cyril, e dois anos mais tarde Christo e Jeannne-Claude se casaram. Em 1964, a família se mudou para os Estados Unidos. Desde 1994, o casal usava oficialmente os dois nomes juntos, com direitos iguais para as suas obras.

Uma das características mais notáveis da obra do casal é chamar a atenção para algo que está no ambiente, por exemplo, nas obras de embrulho eles conseguem revelar pelo ocultamento, ou seja, justamente quando determinado elemento da paisagem é escondido de nossos olhos é que damos conta da sua presença.

Aos críticos da grande escala que as suas obras ganharam ao longo dos anos, gerando controvérsia sobre um sinal de megalomania dos artistas, Christo responde “Você sabia que não tenho qualquer obra de arte existente? Elas todas somem quando acabam. Fico apenas com os desenhos preparatórios, as colagens, e isso dá às minhas obras um caráter quase lendário. Acho que é necessária mais coragem para criar coisas que vão desaparecer do que criar coisas

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