Respostas
A questão de como os países da América Latina se enquadram na alta tecno-
logia te m absorvido, nos últimos anos, um a parcela crescente da atenção dos econo-
mistas voltados aos estudos d o desenvolvimento. Uma fonte de controvérsias parti-
cularment e important e na formulação de políticas industriais reside nas diferentes
percepçõe s das oportunidade s e dificuldades que se colocam aos países em desenvol-
vimento par a difundir a tecnologia da informação ao setor produtivo e ingressar na
própria indústria eletrônica.
Autore s oriundos da "escola da dependência " (ver, por exemplo , Cardoso &
Faletto , 1979 ) foram os primeiros a chama r atenção para as sombrias perspectivas
de desenvolvimento industrial autônomo na região, em razão de sua dependência
quant o á importaçã o de tecnologia e da penetração das multinacionais estrangeiras.
Trabalhos recentes sobre o impact o da tecnologia da informação nos países em de-
senvolvimento trouxeram a questão da competitividade para o primeiro plano. Rada
(198.5) demonstro u que o atual hiato tecnológico entre países desenvolvidos e sub-
desenvolvidos deverá ampliar-se em função da ausência de um a indústria local de
bens de capital de base microeletrônica. Esse argumento sugere que as atuais firmas
industriais d o Terceiro Mund o passariam a encontra r crescentes dificuldades para
moderniza r suas plantas produtivas, bem como para assegurar a qualidade e man-
ter-se atuahzada s em termos das inovações de produto . Os países em desenvolvi-
ment o usualment e carecem das necessárias divisas fortes para importa r equipamen-
tos automatizados. Mas, mesmo se nã o enfrentassem crises por cont a d o endivida-
ment o externo , a importação do equipament o nã o poderia ter o mesmo impacto
positivo sobre a produtividade que foi alcançado nos países industriaHzados, como
deconênci a d o deficiente apoio técnico local, d a meno r escala de operações e dos
diferentes custos relativos d o trabalho e de outros insumos.