Alguém tem uma autocrítica do capítulo sete do livro de micrômegas?
Capítulo sete é "Conversação com os homens".
Respostas
Voltaire (1694-1778), é o autor do livro Micrômegas, uma brilhante obra de ficção-científica, quando um habitante de um planeta que orbita a estrela Sirius e seu amigo, um habitante do planeta Saturno, visitam a Terra.
Na obra Voltaire expõe de maneira muito agradável, várias observações sobre o planeta Terra e seus habitantes, que induz à meditação sobre o homem, suas crenças, costumes e instituições.
O capítulo VII, "Conversação com os homens", questiona o significado de felicidade e da maldade no ser humano, bem como o conhecimento científico, onde o objeto medido nada mais é que um grau particular da aproximação do método de mensuração.
Os cientistas crêem no realismo da medida, mais do que na realidade do objeto. O objeto pode, então, mudar de natureza quando se muda o grau de aproximação. É preciso refletir para medir, em vez de medir para refletir.
De maneira discordante, tecem seus pensamentos sobre a matéria e o espírito, seja através da ciência, na religião ou na filosofia, colocando de maneira clara as diferentes posturas defendidas por homens de conhecimento, demonstrando suas expectativas diante da subjetividade com que podemos demonstrar a realidade.
Surge então a pergunta, a qual podemos nos aproximar realisticamente: "que vem a ser a tua alma?"
"Um minúsculo partidário de Locke achava-se ali perto; e quando afinal lhe dirigiram a palavra:
- Eu não sei como é que penso – respondeu, – mas sei que nunca pude pensar senão com o auxilio de meus sentidos. Que haja substâncias imateriais e inteligentes, eu não duvido; mas também não nego que Deus possa comunicar pensamento à matéria. Venero o poder eterno, não me cabe limitá-lo; nada afirmo, contento-me em acreditar que há mais coisas possíveis do que se pensa".
Bons estudos!