PERGUNTA 1
Leia o trecho retirado do artigo “Dos ‘fundamentos científicos’ à ‘teoria da comunicação’: uma controvérsia epistemológica nas origens da área”:
Talvez seja possível compreender a pluralidade de aportes teóricos apresentados como “Teoria da Comunicação” nos livros da área a tomando como um dos vetores – não o único, certamente – o pano de fundo a respeito do qual se pensava a comunicação naquele momento. Se o exame temático e conceitual dos livros indica a presença de uma perspectiva relacional da Comunicação a partir da qual se definiam inúmeras modalidades de sua manifestação e, consequentemente, de apreensão acadêmica, o exame da bibliografia utilizada pode talvez revelar algo sobre as linhas que compõem a intertextualidade do discurso teórico sobre Comunicação naquele momento. Para tanto, buscou-se observar os livros citados pelas obras que compõem o objeto deste texto. Note-se que não se trata de um exame bibliométrico, mas da observação da literatura disponível em Língua Portuguesa citada nos trabalhos. A pergunta, no caso, não é sobre a totalidade das referências, mas qual era o panorama para o leitor brasileiro monoglota e como os livros de Teoria da Comunicação elegiam e dialogavam com ele.
Não seria talvez exagero indicar que o cenário teórico e conceitual para o estudo da Comunicação no Brasil, em suas origens, esteve marcado por uma dicotomia que, de certa maneira, seria transformada mas não superada nos anos posteriores entre o pensamento norte-americano e europeu (HOHFELDT, 2008). A análise da presença de autores na bibliografia – e, portanto, longe da pretensão de elaboração bibliométrica – sugere alguns elementos de interesse para se observar a formação do discurso teórico sobre Comunicação ou, dito de outra maneira, do “cânone” da Área.
Nota-se a presença de autores norte-americanos vinculados à “Pesquisa em Comunicação de Massa”, sobretudo H. Lasswell, W. Schramm, M. DeFleur, C. Cherry, R. Fagen, R. Pye e S. Littlejohn. Os trabalhos de Schramm e Lasswell, em particular, são detalhados por Beltrão (1973,1982) e Menezes (1983) no âmbito de perspectivas sociológicas do estudo da Comunicação. O foco, neste caso, é sobretudo dirigido aos “meios de comunicação de massa”, algo que o livro de Beltrão e Quirino(1986) deixará explícito. Os meios ocupam, neste caso, o espaço central de análise. Os estudos de Teoria da Informação, presentes em D’Azevedo (1970) e Beltrão (1973,1983) são elaborados a partir de referências norte-americanas, sobretudo Shannon e Weaver, no caso deste último. Fonte: Martino, L. (2018). Dos “Fundamentos Científicos” à “Teoria da Comunicação”: uma controvérsia epistemológica nas origens da Área. Comunicação & Informação
Caro aluno, no trecho do artigo é possível identificar características marcantes dos gêneros textuais acadêmico-científicos. Com base em seus estudos na unidade descreva as características desse tipo de texto, o artigo científico, e explique quais fatores que são percebidos e que fazem este texto ser classificado como sendo um tipo do gênero científico acadêmico.
Respostas
Os artigos científicos são caracterizados pelo relato escrito de uma determinada pesquisa, tendo como finalidade principal a apresentação de resultados acerca de um determinado estudo.
Assim, este apresentará um questionamento, seguido de dados e as linhas de pesquisa que foram aplicadas, juntamente com os experimentos e em seguida, os resultados encontrados, para que possam comprovar a teoria ou tese do autor do artigo.
Resposta:
O artigo científico apresenta um determinado estudo a fim de apresentar os resultados desta pesquisa.
As características encontradas foram; a precisão, consistência, comunicabilidade e clareza.
O texto apresentou um questionamento seguido de dados e linhas de pesquisa utilizados e os resultados encontrados.
Uma ferramenta muito utilizada no texto apresentado foi a citação. Assim dando mais crédito e base para as teorias apresentadas.
Explicação: