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Anualmente, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) lança um relatório em que destrincha a desigualdade de emprego no mundo. Lançado na quarta-feira (7), o relatório mais recente traz um retrato de 2018, e afirma que “as demandas enormemente desiguais que mulheres enfrentam em relação a cuidado e responsabilidades de casa continuam a se manifestar como desigualdades no mercado de trabalho”. Em entrevista ao Nexo, Santo Milesi, um dos porta-vozes da entidade, afirma que isso é um problema porque pesquisas com mulheres indicam que a desigualdade vem de obstáculos que elas enfrentam. “A maioria gostaria de ter um emprego [formal], algumas das quais gostariam de manter algum trabalho relacionado à família. Mas menos da metade está incluída no mercado de trabalho. Isso é um problema porque não é uma escolha deliberada”. Mulheres tendem a ter uma responsabilidade maior em cuidar da família, o que inclui filhos e idosos, o que piora o seu nível de emprego. Consequentemente, isso aumenta sua própria vulnerabilidade na velhice, afirma Milesi, da OIT. “O trabalho pior vai se refletir em suas aposentadorias. Elas também têm desvantagem mais tarde em suas vidas. Há uma taxa maior de idosas pobres do que de homens”, diz o porta-voz.