(UFPE - adaptada) Leia o texto.
Esse incessante morrer que nos teus versos encontro
é tua vida, poeta, e por ele te comunicas
com o mundo em que te esvais. (...)
Não é o canto da andorinha,
debruçada nos telhados da Lapa,
Anunciando que tua vida passou à toa, à toa.
Não é o médico mandando exclusivamente
tocar um tango argentino,
Diante da escavação no pulmão esquerdo
e do pulmão infiltrado.
Não são os carvoeirinhos raquíticos
voltando encarapitados nos burros velhos.
Não são os mortos do Recife
dormindo profundamente na noite. (...)
Que o poeta Manuel Bandeira escute este apelo
de um homem humilde.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Ode no cinquentenário do poeta brasileiro.
Com base nesse texto e no que foi estudado a respeito do assunto, analise as proposições a seguir.
1. Drummond homenageia o poeta pernambucano com um exercício de intertextualidade, empregando as próprias palavras do universo poético de Manuel Bandeira. Essa homenagem não gerou imitação.
2. Drummond alude à frequente tematização da morte nos poemas confessionais de Bandeira, ao clima de melancolia e de desejo insatisfeito que percorrem a obra deste.
3. A intertextualidade não é explorada, apesar da utilização dos versos de “Andorinha”, de “Pneumotórax”, de “Profundamente”, de “Vou-me embora pra Pasárgada” (de Libertinagem) e dos “Meninos carvoeiros” e de “Cotovia” (de Ritmo dissoluto).
4. O poema, dentro dos preceitos da estética modernista, adota a paródia e o lirismo exacerbado.
É correto apenas o que se afirma em
Escolha uma:
a. 2, 3 e 4.
b. 1.
c. 2.
d. 1, 3 e 4.
e. 1 e 2.
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