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Nenhum equipamento de proteção de esportes de combate é mais controverso que o protetor de cabeça. Utilizado por anos a fio como forma de minimizar os traumas que o crânio sofre, em 2012 o capacete passou a ser visto com desconfiança. Um trabalho realizado pelo Cleveland Clinic Spine Research Laboratory , os pesquisadores concluiram que, na simulação de impacto de socos cruzados, todas as condições com acolchoamento reduziram o impacto linear, mas não o rotacional. A dosagem de impacto na cabeça e pescoço, teoricamente, acumula mais rápido nos golpes de MMA e boxe sem o uso de protetor de cabeça. A condição “luva de boxe/capacete” proporcionou a melhor redução geral na dosagem de impacto. Para eles, mais estudos são necessários para desenvolver melhores proteções, minimizando as dosagens de impacto linear e rotacional. Também é necessário desenvolver uma nova geração de padrões para risco de cabeça e cervical.
Desconfiada desses resultados, a Associação Internacional de Boxe (Aiba) promoveu um estudo que constatou que o número de lesões cerebrais aumenta com o uso da proteção na cabeça. Assim, em 2013 proibiu provisoriamente- entre os homens- o uso do capacete. Os relatórios medicos confirmaram a pesquisa e desde 2015 o capacete está proibido para as lutas masculinas
Após a proibição o que se notou foi que nenhum atleta apresentou hematoma grave na cabeça. Contudo, os cortes aumentaram. Foram mais de 50 sangramentos em cada um dos torneios testados sem capacete.
O médico da Aiba diz que a solução será usar uma pomada que evita os sangramentos. Outra sugestão é aumentar a punição para quem der cabeçadas, o que proibido. Mas isso ainda não foi regulamentado.
A medida até o fechamento desta matéria por enquanto ainda não atingiu as outras entidades que regulam o boxe, nem outras artes marciais como o kuo shu ( kung fu), o kickboxing, o daido juku ou o taekwondo.