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Como vimos, a filosofia iniciou-se perguntando pela natureza das coisas
do mundo. Os filósofos queriam explicar qual o princípio que fornece a identidade de cada ser. Um cavalo, uma pedra, um ser humano, uma árvore são seres
distintos. No entanto, por mais que eles se transformem, eles continuam sendo
o que são. Não é porque um cavalo se modifica que ele deixa de ser cavalo e
se torna uma pedra. Antes disso, tudo indica que há no cavalo, assim como nos
outros seres, alguma coisa que permite que haja transformação em seu ser sem
destruição de suas particularidades. Esta natureza que sustenta cada ser, que
os permite se transformarem e preservarem-se sendo o que são, foi o objeto
primeiro da filosofia. É como se o filósofo se encantasse com a multiplicidade
de seres do mundo, com suas transformações (devir) e com o fato de que, ainda
que tudo mude, há algo que preserva cada ser sendo o que é. O que seria esse
algo? Como podemos entendê-lo?
Aos poucos, os filósofos deslocaram sua atenção para o ser humano. Isso
não é difícil de ser compreendido. Somos nós que admiramos o mundo. Somos
nós, seres humanos, que perguntamos por que as coisas são do jeito que são e
não de outro modo. Somos nós que criamos a filosofia, assim como a poesia, os
mitos e a religião. Por isso, nada mais justo do que a filosofia concentrar-se, também, no ser humano e buscar entender sua essência e sua riqueza. Entretanto, se
hoje, com o desenvolvimento de diversas ciências (como a medicina, a psicologia,
a sociologia, a antropologia, dentre outras), nós possuímos muitos conhecimentos sobre o ser humano, não quer dizer que a filosofia, ao longo de mais de 2500
anos de existência, sempre tenha considerado o ser humano da mesma forma.
Nada disso. Muitos elementos que hoje acreditamos que constituem o homem
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