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Aparentemente, nenhum lado desejava a guerra, mas o desejo israelense de realizar operações preventivas e o aval dos Estados Unidos selaram o confronto.
Às vésperas da celebração do seu vigésimo aniversário (em 1968), Israel encontra-se numa posição bastante confortável face aos seus vizinhos árabes, que ainda lutavam para construir um estado centralizado forte e que não caísse nas mãos de radicais locais, sedentos por reavivar a doutrina islâmica tradicional como forma de contestar as elites responsáveis pela independência das potências europeus.
Previamente humilhados tanto na guerra da independência israelense, como durante a crise de Suez, o mundo árabe pretendia fazer jus àquela que considerava ser uma ocupação indesejada por um vizinho incômodo.
Com isso, no ano de 1967, Egito e Síria iniciam um conjunto de ofensivas diplomáticas entre as nações árabes para obter o apoio necessário para a batalha que seria decisiva contra Israel.
O movimento palestino Fatah passa a realizar pequenas rebeliões ao longo da fronteira israelense, cujo resultado é uma resposta contra a Jordânia e um combate aéreo com a Síria. Com isso, inicia-se a contagem regressiva para a Guerra dos Seis Dias.
Nasser é pressionado a agir contra Israel, mesmo com o Egito exaurido economicamente, devido a um conflito recente com o Iêmen. Apesar de não desejar a guerra naquele momento, o líder egípcio toma três medidas: o envio de tropas para a península do Sinai (ocupada por forças da ONU), um pedido para a retirada da força de defesa da ONU na Síria e o fechamento do estreito de Tiran à navegação israelense.