Respostas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o IMC como um cálculo padrão internacional para referência e indicativo do estado de saúde das pessoas. Esse método é antigo, datado do fim do século XIX, criado pelo belga Lambert Quételet.
Obesos ou pessoas com obesidade?
Apesar de ser, muitas vezes, usados, os termos obeso e obesa podem gerar um sentido inadequado ao se referirem aos pacientes.
Quando a condição de obesidade — ou qualquer outra doença — é colocada como adjetivo, pode (ou seja, falar que alguém é doente em vez de estar com alguma doença), pode reforçar a noção de estigmatização da condição.
Para evitar essa definição do paciente como sendo a sua doença ou condição, é sempre preferível utilizar a terminologia como parte da pessoa, mas não somente isso.
Assim, quando se utiliza termo “pessoa com obesidade”, evita-se a redução do paciente somente ao seu peso ou alteração metabólica. Isso age como uma produção de sentido em respeito e valorização da pessoa e não da doença.
Tipos de obesidade
A obesidade possui tipos, que são caracterizados pelo local em que ocorre o acúmulo de gordura:
Homogênea
Nesse tipo de obesidade, a gordura é distribuída em todo o corpo, de forma que fica em uma proporção igual.
Abdominal
A gordura é distribuída predominantemente na região do abdômen (barriga) e na cintura, popularmente conhecida como “pochete”.
Periférica
Caracteriza-se obesidade periférica quando a gordura fica nas regiões como coxas, quadris e nádegas. É um tipo comum de ocorrer, principalmente com o sexo feminino.
Graus de obesidade
A obesidade apresenta três graus diferentes que possuem suas características e cuidados, são eles:
Obesidade grau I
Quando o IMC do paciente é calculado e ele se encaixa como obesidade grau I, o tratamento consiste em estabelecer um dieta saudável aliada à prática de exercícios físicos, para que ocorra a perda de peso controlada e com supervisão médica.
Dependendo de cada pessoa, o médico pode recomendar a cirurgia bariátrica (redução de peso feita por cirurgia). Isso se houver incidência de outras doenças graves, e se a dieta junto aos exercícios não gerarem resultados.
Normalmente a obesidade de grau I pode ocasionar o surgimento de doenças como as cardiovasculares (infarto, AVC), hipertensão, diabetes e em casos mais raros até câncer.
Por isso quanto mais rápido o início do tratamento com a dieta e exercícios, é possível diminuir os riscos na incidência dessas outras doenças junto à obesidade.
Obesidade grau II ou severa
Se o IMC foi realizado e o resultado deu obesidade grau II, os cuidados são os mesmos que o grau I, o diferencial é que exige mais atenção pelos riscos serem de maiores probabilidades no desenvolvimento de outras doenças.
Recomenda-se a dieta aliada aos exercícios físicos, dependendo do paciente também pode ser indicado tratamento psicológico, quando a condição passa a influenciar o bem-estar e autoestima do indivíduo.
Se mesmo seguindo as recomendações não for possível obter êxito no tratamento, pode ser considerada a realização da cirurgia bariátrica. Mas, como é um grau severo, a cirurgia pode ocasionar alguns riscos ao paciente, como trombose, sangramentos e problemas vasculares.
Então depende de como está o caso e da avaliação médica para determinar a realização ou não de uma cirurgia desse tipo.
Obesidade III ou mórbida
Quando o paciente é diagnosticado com obesidade de grau III, chamada de obesidade mórbida, o caso é grave pois pode afetar as expectativas de vida do paciente.
Geralmente, quando ocorre o diagnóstico desse tipo de caso há também outras doenças em conjunto, as mais comuns são dermatites, osteoporose, hipertensão, distúrbios hormonais, problemas cardíacos, doenças do sangue como anemia, podendo levar até à morte súbita.
Nesse caso é recomendado o acompanhamento médico, que irá cuidar da alimentação e prescrição de exercícios e também terapia psicológica, devido aos casos de obesidades poderem ocasionar o desenvolvimento de depressão, ansiedade, entre outros.
É aconselhável a cirurgia de redução de estômago, para que haja um controle de peso e de estabilidade na saúde do paciente. Após a realização da cirurgia e recuperação da mesma, são recomendados exercícios para manter a saúde em equilíbrio