quais foram os grupos políticos que se formaram durante o período regencial? E como era a base de formação de cada um desse respectivos grupos?
Respostas
Resposta:
Explicação:O Período Regencial é como conhecemos o período intermediário que existiu entre o Primeiro e o Segundo Reinado. Estendeu-se de 1831 a 1840 e foi iniciado após o imperador D. Pedro I ter abdicado do trono em favor de seu filho no ano de 1831. Foi encerrado em 1840 com o que ficou conhecido como Golpe da Maioridade, que garantiu a coroação de D. Pedro II como imperador do Brasil.
Os restauradores
- Também eram conhecidos popularmente como caramurus.
- Sua principal proposta era o retorno de D. Pedro I para o poder.
- Defendiam um sistema econômico baseado no liberalismo clássico.
- Este grupo era composto, principalmente, por militares e comerciantes portugueses.
Os moderados
- Eram conhecidos popularmente como chimangos. O apelido “chimango” tem origem no poema Antônio Chimango, do poeta Ramiro Fortes de Barcelos. Este poema, de 1915, satirizava o governo de Borges de Medeiros.
- Os moderados eram contrários à ampliação da participação política no Brasil. Defendiam o voto censitário (por rendas), que excluía politicamente os mais pobres.
- Este grupo era composto, principalmente, por membros da elite agrária brasileira (grandes fazendeiros).
- Os moderados eram favoráveis à continuidade do regime monárquico no Brasil.
- Defendiam a manutenção do sistema econômico baseado nas grandes propriedades rurais, no trabalho escravo e na produção voltada para as exportações.
Os exaltados
- Também conhecidos, popularmente, por jurujubas ou farroupilhas.
- Este grupo político era formado, principalmente, por funcionários públicos brasileiros, jornalistas, profissionais liberais (advogados, médicos, dentistas, etc.), padres, comerciantes brasileiros e militares de baixa patente.
- Os exaltados eram progressistas.
- Eram favoráveis à industrialização do Brasil.
- Defendiam a ampliação da participação política, através do voto para todas as pessoas.
- Queriam mais autonomia para as províncias, ou seja, o fim da interferência do governo central. Logo, os exaltados eram favoráveis a descontinuidade do Poder Moderador.
- Os exaltados eram favoráveis à tomada de medidas econômicas, que pudessem ajudar as camadas mais pobres da população brasileira.
Explicação:
1.Regência Trina Provisória (1831)
Os moderados logo assumiram o poder com o intuito de frear as agitações políticas da época. Inicialmente, o governo de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, José Joaquim Carneiro de Campos e Francisco de Lima e Silva reintegraram o chamado “ministério dos brasileiros” e anistiou os presos políticos. A Câmara dos Deputados tiveram seus poderes ampliados, tendo o direito de interferir nas ações do governo regencial.
Atuando por breves dois meses, a Regência Trina Provisória deu condições para que um novo governo fosse escolhido. Em 17 de junho de 1831, a assembléia promoveu um processo de escolha da chamada Regência Trina Permanente, que governou entre os anos de 1831 e 1835.
2.Regência Trina Permanente (1831-1834)
Nesse novo governo – agora formado por Francisco Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho – organizou-se um gabinete ministerial conservador. Essa medida visava conter os movimentos populares que pressionaram o governo de Dom Pedro I. O Ministério da Justiça foi delegado ao padre Diogo Antônio Feijó, que se incumbiu da tarefa de retaliar quaisquer revoltas que ameaçassem a ordem nacional ou não reconhecessem os poderes da nova administração.
3.Regência Una de Feijó (1835-1837)
As tendências políticas daquela época agora se agrupavam entre progressistas, de tendência liberal, e os regressistas, partido de orientação conservadora formado pelos grandes donos de terra, comerciantes e funcionários públicos. No governo de Feijó, o dilema da representação política e da centralização de poderes abriu espaço para a deflagração de diferentes revoltas.
4.Regência Una de Araújo Lima (1837-1840)
Compondo um gabinete de formação estritamente conservadora, a regência de Araújo Lima representou o retrocesso das conquistas liberais alcançado com a aprovação do Ato Adicional de 1834. Em seu governo, as primeiras revoltas eram consideradas uma conseqüência das liberdades oferecidas pelo Ato Adicional. Dessa forma, foi homologado, em maio de 1840, a chamada Lei Interpretativa do Ato Adicional, que revisou alguns pontos da reforma de 1834.