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A Região Sul do Brasil é a menor das cinco regiões do país,[8] com área territorial de 576 774,31 km²,[4] sendo maior que a área da França metropolitana e menor que o estado brasileiro de Minas Gerais. Faz parte da Região Centro-Sul do Brasil.[9] Divide-se em três unidades federativas: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,[8] sendo limitada ao norte pelos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, ao sul pelo Uruguai, a oeste pelo Paraguai e pela Argentina, além de ser banhada a leste pelas águas do Oceano Atlântico.[8] É única região brasileira localizada na porção sul abaixo da zona tropical, com as estações do ano variando nitidamente; contudo, a parte norte situa-se acima do Trópico de Capricórnio.[8] No inverno, ocorrem geadas e, com maior raridade, há queda de neve.[8] O relevo da Região Sul tem uma pequena quantidade de acidentes geográficos, predominando um grande planalto, geralmente, de pequena elevação.[10]
Sua maior característica é o modo de colonização e o tipo de colonizadores recebidos.[11] A Região Sul começou a ser colonizada durante os séculos XVII e XVIII.[11] Em 1648, os portugueses foram os fundadores da vila de Paranaguá, a mais antiga cidade da Região Sul e do Paraná.[11] As populações alóctones recebidas pela região foram uma pequena quantidade de escravos africanos, porém, uma grande quantidade de imigrantes vieram do Uruguai, da Argentina, dos Açores, da Espanha, da Alemanha, da Itália, da Polônia, da Ucrânia, dos Países Baixos, entre outros.[11] A característica populacional dada pelos europeus que contribuíram para o processo de formação da sociedade brasileira do século XIX foi a predominante etnia caucasiana,[11] sendo deixadas na paisagem características dos países de onde originaram (casas, transportes, uso do solo). Os europeus foram os introdutores do sistema de pequenas e médias fazendas.[11] A ciência agrícola trazida da Europa para o Sul do Brasil foi a viticultura, adaptada à Serra Gaúcha.[11]
A população das cidades da Região Sul cresceu muito nos anos mais recentes.[12] As cidades mais populosas são, em ordem de quantidade de moradores, Curitiba e Porto Alegre.[13] O desenvolvimento industrial foi iniciado nas décadas mais recentes principalmente no Rio Grande do Sul, nordeste de Santa Catarina e Região Metropolitana de Curitiba.[14] Na região de Criciúma, em Santa Catarina, estão localizadas quase a totalidade das reservas de exploração de carvão no Brasil.[15] O potencial energético, que as inúmeras cachoeiras dos rios das bacias hidrográficas do Paraná e do Uruguai representam, hoje se aproveita muito nas usinas hidrelétricas como a de Machadinho, próximo a Piratuba.[16]
A Região Sul propriamente dita é um grande polo turístico, econômico e cultural, abrangendo grande influência europeia, principalmente de origem italiana[17] e germânica.[18] Apresenta índices sociais acima da média brasileira e das demais regiões em vários aspectos: possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, 0,798,[7] e o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país.[19] A região é também a mais alfabetizada, 95,2% da população, e a com menor incidência de pobreza.[20] Sua história é marcada pela grande imigração europeia,[21] pela Guerra dos Farrapos,[22] e pela Revolução Federalista,[23] com seu principal evento o Cerco da Lapa.[24] Outra revolta ocorrida na história da região foi a Guerra do Contestado,[25] entre os anos de 1912 e 1916.