Respostas
Para Descartes, o espírito possui três tipos de idéias que se diferenciam em origem e qualidade, as idéias adventícias, isto é as que se originam das sensações, percepções e lembranças, as idéias fictícias, que são as criadas pela imaginação, fantasias, essas nunca são verdadeiras e não correspondem a nada que exista, e as idéias inatas, aquelas inteiramente racionais e só podem existir porque já nascemos com elas.
Leibniz fez uma contribuição importante ao pensamento racionalista de Descartes, em relação ao inatismo estabelecendo um diferenciamento entre verdades de razão e verdades de fato, isto é as verdades de razão, enunciam que uma coisa é, necessária e universalmente, não podendo de modo algum ser diferente do que é e de como é, sendo inatas, um exemplo evidente das verdades de razão são as idéias matemáticas, as verdades de fato são aquelas verdades que dependem da experiência, pois enunciam idéias que são obtidas através das sensações, da percepção e da memória, sendo assim empíricas.
Para ele o principio da razão suficiente e necessária permite manter as idéias inatas e as idéias empíricas, é justamente o principio da causalidade. Para os racionalistas, o espírito, entidade ativa do raciocínio, é o árbitro ultimo da verdade.
Para o pensamento empírico os objetos exteriores excitam nossos órgãos dos sentidos e vemos cores, sentimos sabores e odores, ouvimos sons, sentimos a diferença entre o áspero e o liso, o quente e o frio, as sensações se reúnem e formam uma percepção, as percepções se combinam e se associam, a experiência escreve e grava em nosso espírito as idéias e a razão as irá separar, associar ou combiná-las formando todos os nossos pensamentos.
E é exatamente a tese de que todo o conhecimento procede da experiência, a maior diferença entre o racionalismo e o empirismo. No empirismo, a mente humana não se prende a nada de universal e necessário, desse modo a metafísica torna-se impossível, o que não acontece no racionalismo.
De forma empírica nada se pode saber a respeito da existência e da natureza de Deus, sobre a origem primeira e o fim ultimo da vida humana, sobre a essência das coisas materiais, nem no campo moral ocorrem normas absolutas: bom ou mau é aquilo que a sociedade aprova ou desaprova.
Bons estudos!