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ENES
LATINO-AMERICANOS NOS ESTADOS UNIDOS
Mike Davis
De acordo com as informações divulgadas pelo Census Bureau em 2005, os latino-americanos residentes nos Estados Unidos – 39.565.869 pessoas – representavam 13,4% da população do país, constituindo o segundo grupo étnico. A maior parte desse contingente concentrava-se nos grandes centros urbanos, principalmente nas cidades de Nova York, Los Angeles e em outras quatro das dez maiores cidades do país – Houston, San Diego, Phoenix e San Antonio – nas quais superava a população negra. Nas cidades de San Diego, Phoenix e San Antonio constituíam o maior grupo étnico.
A população chamada “latina” residente nos Estados Unidos já tinha uma composição heterogênea. Em Los Angeles era, em sua maioria, de origem mexicana (80%), enquanto em Miami predominavam os imigrantes cubanos (66%), vindo em seguida os nicaraguenses (11%) e porto-riquenhos (6%). Em Nova York, 46% dos latinos eram oriundos de Porto Rico e 15% da República Dominicana, enquanto os mexicanos, colombianos e equatorianos representavam, cada um, 5% da população latino-americana da cidade.
No período compreendido entre 1990 e 1996, a população latina dos EUA cresceu dez vezes mais rápido que a anglo-saxônica, somando um milhão a mais de pessoas por ano. Contrariamente à crença de que seria a imigração a causa determinante de seu crescimento, o fenômeno parece mais diretamente vinculado ao aumento da taxa de natalidade que, segundo as estatísticas oficiais, é maior nas famílias de origem mexicana, que representam dois terços da população latina no país.
Em meados da década de 2000, os latinos residentes nos EUA já representavam a quinta maior comunidade de todo o continente americano. Estima-se que, em cinquenta anos, serão a terceira, abaixo apenas das populações do Brasil e México. Segundo as projeções estatísticas, em 2025 haverá aproximadamente 59 milhões de latino-americanos nos EUA, quantidade que superará em 16 milhões a população afrodescendente. Esse fenômeno produzirá, sem dúvida, transformações políticas (geopolíticas) e culturais.