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A voz das periferias, comumente associadas a expressões artísticas do mundo do hip hop e do samba, arranha versos falados e cantados em saraus literários há mais de dez anos. Alguns encontros acontecem no centro de São Paulo, em espaços como livrarias, bibliotecas públicas ou SESCs (instituição sem fins lucrativos com espaços para atividades esportivas e culturais). Outros, como os saraus desta reportagem, são realizados nas periferias, em bares, casas particulares e CEUs (escolas de periferia com estruturas esportivas e recreativas). Tem poesia, mas também maracatu, bumba meu boi, teatro, pandeiros e palmas. Os temas são variados: amor, drogas, violência, racismo, mulheres, infância, dor, educação... Mas ainda que fosse possível explicar o que é um sarau, poucos dos que ocorrem em São Paulo se encaixariam em uma definição engessada. Apesar do dicionário garantir que se trata de uma “festa noturna, dentro de casa, onde se dança executa música e recita”, os que vem sendo realizados nas periferias vão além.