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Resposta:
O aparelho de televisão, desde o seu surgimento, é um eletroeletrônico indispensável nos lares de todo o mundo. Aparelho incondicionalmente popular, fazer ele funcionar é muito simples; é o mesmo que se faz com uma lâmpada: basta ligá-lo na tomada, apertar um botão e pronto. No entanto, ao mesmo tempo em que ele é considerado extremamente útil para a sociedade, pode ser, também, considerado um vilão cruel, sem sentimento, sem escrúpulos, sem responsabilidade ou comprometimento com o bom senso. A dicotomia, todavia, nos remete a uma reflexão intrigante: até que ponto ele nos é útil? É preciso encontrar respostas sobre a ambiguidade que ele exprime.
A funcionalidade do aparelho - transmissão de imagem e som -, se estende para um horizonte muito mais além que a nossa vã imaginação. Por conta de sua programação, ele nos coloca, em tempo hábil, diante do mundo e, o mundo diante de nós. Ou seja, tudo o que a nossa “intransigente tolerância” deseja e espera: entretenimento, notícias, esportes, e muito mais.
A televisão é a companhia que distrai. Ela não faz questionamentos diretos para quem a assiste, embora tenha sido, e continua sendo utilizada como interface de soluções dos problemas políticos e sociais. Através dela, a sociedade se envolve com a fantasia ilusória das novelas, se derrete em descontroladas gargalhadas, e por vai. Ter um aparelho de televisão em casa é ter a certeza de poder contemplar a realidade, no momento exato em que o fato descerra. Ela é, de certa forma, responsável por manter o nível de conhecimento factual do indivíduo atualizado, com tudo e com todos, em tempo real.
Por conta desse prefácio, poderíamos dizer que a televisão é a amiga fiel que sempre vai nos dar alegria, cultura e conhecimento? Hum..., não é bem assim. Vamos devagar, que o santo é de barro. Com tantas propostas de interação magistrais que a televisão oferece, é possível sim, entender que ela também tenha os seus defeitos. E o que é pior, são defeitos que nos deixa enclausurados entre a culpa e o culpado. Aí é que “a porca torce o rabo”: quando, e como saber que ela é uma vilã ou uma evidência essencialmente pitoresca e útil?
Toda família, proprietária de lares mundo afora, tem o seu “time” fracionado e, para cada uma fração, uma responsabilidade que gira em torno de objetivos distintos que são os afazeres diários: tempo para o café da manhã, de levar e buscar filho na escola, tempo para trabalhar, tempo para planejar uma viagem, um almoço, um aniversário, etc... E o que é que a televisão tem a ver com isso? Tudo. Ela, por meio de seu subentendido objetivo, aliena, condiciona e até mesmo escraviza grande parte dessa sociedade. A força de sua programação aliada ao exagero dos sensacionalismos de certos programas tem por objetivo controlar e induzir a sociedade a pensar conforme os seus interesses. Se eu tivesse o poder de julgar, diria que isso é muito grave, pois deixa-se de cumprir com obrigações, as vezes inadiáveis, para não perder um suposto programa. O futebol não seria um desses casos?
Outro adendo que reflete negativamente a despeito do mau uso da televisão é o ostracismo que ela provoca na sociedade, o comodismo que, via de regra, leva ao sedentarismo, à obesidade, a circunstâncias que limitam o raciocínio ideológico. Não obstante, é salutar e oportuno revelar que a televisão não pode responder pela decisão do telespectador em ver ou não ver o programa que deseja assistir. Tampouco confeccionar o roteiro de suas vontades. Daí o fato de culpa ou culpado.
Enquanto ela torna-se a companheira inseparável do telespectador, também o isola, ou o distancia do amigo que está do seu lado tentando puxar um assunto interessante, ou até mesmo passar uma informação importante, urgente. Ela pode ser considerada o termômetro da nossa satisfação ou da nossa frustração. A televisão é um bem necessário que, usada com inteligência, há de ser útil em todos os sentidos. Não obstante, se usada sob a inconsequência do impulso, pode levar a sociedade a ser cúmplice de interesses escusos por ela idealizados.
Explicação:
No entanto, ao mesmo tempo em que ele é considerado extremamente útil para a sociedade, pode ser, também, considerado um vilão cruel, sem sentimento, sem escrúpulos, sem responsabilidade ou comprometimento com o bom senso.