Respostas
No século XVI, a Inglaterra estava dominada pela criação de ovinos destinados à produção de lã. Voltadas cada vez mais para esse negócio, a produção de alimentos nas fazendas caiu. Em consequência, houve escassez de alimentos e queda da oferta de trabalho no campo.
A alternativa era buscar mais terras. E, diferente do que ocorreu com as colônias latinas, a ocupação da América do Norte ocorreu a partir de empreendimentos. Os novos territórios também recebiam o excedente populacional e atraíam quem reclamava maior liberdade religiosa que a oferecida na Inglaterra.
Duas empresas privadas iniciaram o processo de colonização da América no Norte a partir de 1606. Após concessão da Coroa inglesa, a Companhia de Londres monopolizou a região ao norte. Coube à Companhia de Plymouth os territórios do sul.
As empresas tinham autonomia para a exploração do território, mas estavam subordinadas ao Estado inglês.
A concessão ocorreu 20 anos depois da chegada dos primeiros colonizadores. Um grupo de 91 homens, 17 mulheres e nove crianças desembarcou na ilha de Roanoke em 1587. Em 1590, não havia vestígios do grupo, liderado por Walter Raleigh. Nunca foi determinado o destino dos colonizadores.
Temendo hostilidades dos indígenas locais, a Companhia de Londres enviou uma comitiva mais robusta para a América. Embarcaram, em três navios, 144 homens com destino ao atual território da Virgínia.
O grupo desembarcou na Baía de Chesapeake no primeiro semestre de 1607 e iniciaram o assentamento denominado Jamestown.
Após o insucesso na busca de ouro e outros produtos exploráveis, os colonos aprenderam a cultivar tabaco. As fazendas de tabaco receberam reforço do trabalho escravo a partir de 1619.
Jamestown é o embrião para o nascimento de outras colônias no sul. Surgem, assim, Maryland (1632), Carolina do Norte e Carolina do Sul (1633) e a Geórgia (1733).
As colônias do sul foram marcadas pela tolerância religiosa. Maryland, por exemplo, era uma colônia católica, liderada por Lord Baltimore.
Os empreendimentos coloniais do norte também foram marcados pelo domínio de religiosos. Os primeiros grupos de colonos chamados de peregrinos chegaram à região de Plymouth em 1620. Os colonos passaram a se estabelecer na região denominada Massachusetts, considerada mais liberal.
Na região, os colonos dominaram os nativos e, com eles, aprenderam a dominar a caça, a pesca e a agricultura. Próspera, Massachusetts expandiu as colônias e gerou os territórios que ficaram conhecidos como Nova Inglaterra.
Os territórios compreendiam as colônias de Connecticut, New Haven, Rhode Island e Nova Hampshire.
Diferente do sul, as colônias do norte eram caracterizadas pela policultura voltada à subsistência e pelo trabalho livre.
Por último, surgiram as colônias do centro. Nova Iorque, Delaware, Pensilvânia e Nova Jérsei eram marcadas pela liberdade religiosa e o pensamento liberal. Nessa região, os colonos criavam pequenos animais e mantinham estrutura semelhante às colônias da Nova Inglaterra.
As colônias inglesas contavam com 250 mil habitantes, entre colonos e negros africanos em 1700. À véspera da Independência dos Estados Unidos, em 1775, a região já contava com 2,5 milhões de habitantes.
Apesar dos interesses políticos e religiosos diversos, os colonos mantiveram a unidade para proclamar a independência em 4 de julho de 1776.