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Explicação:
PARATY - As múltiplas nacionalidades de autores presentes na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) trazem para a cidade a urgência de um debate que envolve múltiplas origens e se alastra pelo mundo. O ultranacionalismo está na Europa, no Oriente Médio, na África, nos EUA e no Brasil, e também está à sombra e às vezes até à luz da literatura. Com os movimentos que levaram, num plebiscito realizado na semana passada, à decisão de o Reino Unido deixar a União Europeia, o fantasma histórico da intolerância se tornou mais presente.
O escocês Irvine Welsh, autor de “Trainspotting” (editora Rocco), escreveu no fim de maio um artigo para o jornal inglês “The Guardian”, intitulado “Não importa em quem votarmos, as elites vão vencer o referendo”. Em Paraty, ontem à tarde, ele revelou ao GLOBO que não votou nem pela saída nem perla permanência na UE. Preferiu se abster:
— Eu não podia votar por nenhuma das duas posições. Não podia votar por manter um projeto esgotado como o da UE. Eu acredito na Europa, acredito na integração, mas o caminho está errado. Não poderia votar por uma burocracia não democrática, não poderia votar pelo que o aconteceu com a Grécia. Mas também não poderia votar contra a ideia da Europa. Era uma escolha difícil.