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Pois bem, estas são as formas de nomear o estudo aqui desenvolvido. Silveira Jr. (1997, p.1) e Fernandes (1994, p.115) definem como nomenclatura à palavra escalte, já que na língua portuguesa, quando falada, tem o mesmo tom quando escrito desta forma (scout, inglês = escalte, português). O termo inglês tem como significado o sentido explorar, segundo o Dicionário Folha Webster's (1996). Portanto, em vez de escalte, poderia ser chamado explore, ou algo semelhante.
O termo scalt é utilizado por Godik (1996, p.23). Já skout é utilizado para nomear um programa para computador, nos estudos realizados por Barros et ai (2002, p.8), em que analisaram as ações técnico-táticas dos jogadores em uma partida de Futebol.
Mas a nomenclatura mais utilizada pelos autores que estudam essa área dentro da modalidade, é o scout (Instituto DATAFOLHA; LEITÃO, 2001; LEITÃO, 2004; RAMOS FILHO, 2003; SILVEIRA 11, 2003; SQUARIZZI, 1993), sendo esta a forma utilizada dentro deste trabalho.
Segundo Godik (1996), 'a ideia sobre a necessidade do registro e análise das ações de técnica-tática coletivas apareceu nos anos 70." (p.24). Já em relação às análises individuais:
"( ... )foi apresentada pela primeira vez em 1936 por L. V. Chaidze. Onde ele propôs que em cada jogo é necessário fixar a quantidade de passes e outras técnicas de jogo( ... ). Entretanto a evolução deste conceito demorou 0 anos e somente em 1968, N.M. Lukdinov e U.A. Morozov, novamente voltaram a fazer observações sobre as análises individuais da técnica-tática." (p.35).
No livro-reportagem de Amstalden et al (2003), o uso do scout no futebol brasileiro pode ter se originado através de outros profissionais. O jornalista e radialista Cláudio Carsughi no começo da década de 50, fazia algumas anotações de jogos para a Rádio Jovem Pan, emissora na qual o mesmo trabalhava. Segundo os autores, "Carsughi não gostava dessa função porque não v1a a partida da maneira que queria; tinha de prestar atenção nos números" (p.1 06). A idéia de fazer o scout surgiu da emissora de rádio, de acordo com o jornalista.
Em outros esportes, por exemplo, no beisebol, uma forma de avalição já era realizada desde o século XIX. Desde o ano de 1871, os norte-americanos anotam o número de home runs, bem como a porcentagem no número de rebatidas, além de outros dados observados.
Na NBA, há dados estatísticos desde a temporada de 1946-1947, mas sendo feito apenas de alguns fundamentos naquele ano de campeonato (média de pontos e assistências por jogador, assim como o aproveitamento de arremessos e arremessos livres).
Pois bem, além da confusão dos nomes, muitos autores argumentam a falta de uma metodologia de scout e o quão importante ela pode ser.
Segundo Fernandes (1994, p.113), o scout não é comprovado cientificamente já que cada treinador utiliza um critério e forma de se analisar a partida da maneira que ele achar melhor. O autor ainda diz que os resultados das análises só irão servirm para o treinador em questão. Silveira Jr. (1997, p.1) também considera o scout da mesma forma que o autor citado anteriormente.