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O relato de uma moradora da favela de Canindé na década de 1950, contando seu próprio dia-a-dia e suas dificuldades de uma catadora de papel. Carolina dia a dia tem que tentar garantir sozinha o sustento de seus três filhos pequenos, numa jornada onde reúne tudo que encontra pela rua e pelos lixos e tenta revender (papel, cobre, madeira, lata etc.). As dificuldades são imensas, pois nem todo dia consegue o suficiente para comprar comida. Quando chega em casa, tem que lidar com a rotina da favela; eis o que menos gosta em sua vida: morar numa favela. São vizinhos que brigam, bebem, se prostituem, cometem incesto, morrem etc. Ainda assim, com todas essas dificuldades a leitura e a escrita fazem parte de sua rotina. Esse hábito ajuda Carolina a se transformar numa pessoa centrada, sonhadora e consciente de sua situação social. Ela tem acentuada consciência política e seus relatos são pontuados pelo peso da consciência de sua situação e pelo lirismo auferido pela prática da leitura e da escrita. Apesar de ter tido apenas dois anos de estudo, Carolinia sonhava em ser escritora e ter seus livros publicados.