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Bolivarianismo é um conjunto de doutrinas políticas liberais[1] que vigora em partes da América do Sul, especialmente na Venezuela. O termo bolivarianismo provém do general venezuelano do século XIX Simón Bolívar, libertador que liderou a luta pela independência em grande parte da América do Sul, e especificamente nos países historicamente bolivarianos (Bolivia, Colômbia, Peru, Equador, Panamá e Venezuela). Aqueles que se fazem chamar bolivarianos dizem seguir a ideologia expressa por Simón Bolívar nos documentos da Carta de Jamaica, o Discurso de Angostura e o Manifesto de Cartagena, entre outros documentos. Entre suas ideias estão a promoção da educação pública gratuita e obrigatória e o repúdio à intromissão estrangeira nas nações americanas e à dominação econômica europeia. Propõe, principalmente, a união dos países latino-americanos.[2]
O bolivarianismo, como ideologia, une o republicanismo cívico-humanista e, segundo diversos setores de esquerda, o socialismo,[3] apesar de grandes lideranças socialistas da época do biografado, como Karl Marx ter tecido críticas duras a liderança política venezuelana.[4] Em sua versão mais conhecida e atual, que se distingue das ideias originais de Simón Bolívar, foi iniciado pelo ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, e agora é promovido por seu sucessor, Nicolás Maduro, referido como o primeiro presidente chavista da Venezuela, e pelos presidentes do Equador, Rafael Correa e da Bolívia, Evo Morales, os quais se baseiam nas ideias de Simón Bolívar e se enquadram no denominado socialismo do século XXI, surgido na esteira da Revolução Bolivariana da Venezuela. Curiosamente, na Colômbia, os ideais do bolivarianismo foram as bases fundacionais do Partido Conservador Colombiano, por volta de 1847,[5] mas foram reinterpretados rumo ao socialismo e ao populismo[6] por setores do Polo Democrático Alternativo[7] e por setores do Partido Liberal Colombiano (Santanderista) como Piedad Córdoba.[8]
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