• Matéria: Português
  • Autor: margarida7049
  • Perguntado 7 anos atrás


Cientista, eu?
Como cidadãos comuns
também podem fazer ciência

O avanço da ciência colaborativa
reaproxima as pesquisas acadêmicas
da realidade - e o resultado é que cidadãos comuns constroem
cada vez mais conhecimento científico relevante

As formigas estão entre os animais com organização social mais complexa da
natureza. Em suas colônias, cada inseto tem uma função específica, desempenhada
incessantemente.
A ciência colaborativa também funciona mais ou menos assim. Como as
formigas operárias, que se dedicam apenas a levar a comida que encontram de
volta ao formigueiro, um grupo cada vez maior de pessoas sem bagagem cientifica
tem se mobilizado voluntariamente para colaborar com um tipo específico de
trabalho - mas em vez de folhas ou alimentos, elas coletam e interpretam dados
que servem como base para pesquisas nas mais diversas áreas.
Até então, esse ofício esteve em grande parte concentrado nas mãos de
poucos cientistas e acadêmicos, que às vezes se fechavam em seus próprios
círculos, perdidos em discussões vazias e distantes da realidade prática. E
o que se chama de viver na torre de marfim. Mas, aos poucos, os chamados
cientistas cidadãos estão assumindo seu lugar no processo de construção do
conhecimento científico e trazendo a ciência para mais perto do dia a dia de
todos nós. [...]



a) A expressão viver na torre de marfim é bastante usada como metáfora de uma situação
social. Com base no texto, explique o que ela significa.

b) Como a ciência atual está fugindo da condição expressa por essa metáfora?


c) Releia o seguinte trecho: "Como as formigas operárias, que se dedicam apenas a leva
a comida que encontram de volta ao formigueiro [...]". Por que a exclusão da virgu
tornaria o texto incorreto do ponto de vista da informação?


d) Empregando uma oração subordinada adjetiva restritiva, reescreva no caderno
trecho "[...] um grupo cada vez maior de pessoas sem bagagem científica tem
mobilizado [...]".

e) Agora reescreva o mesmo trecho usando um adjetivo no lugar da locução se
bagagem científica.

f) Compare as três redações: a original, a que faz uso da oração adjetiva e a que empre
o adjetivo. Qual delas você acha mais eficaz? Por quê?​

Respostas

respondido por: jalves26
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a) A expressão "viver na torre de marfim" tem o sentido de viver apenas no mundo acadêmico, longe da realidade, do mundo cotidiano, e sem se preocupar em pôr em prática os conceitos adquiridos.

b) A ciência atual está fugindo dessa condição por meio da ciência colaborativa, isto é, pessoas sem bagagem científica coletam e interpretam dados  que servem como base para pesquisas nas mais diversas áreas.

c) A exclusão da vírgula tornaria o texto incorreto do ponto de vista da informação porque traria a ideia de que há formigas operárias que não se dedicam a levar  comida ao formigueiro. Mas a verdade é que todas as formigas operárias, sem exceção, fazem isso.

d) O trecho com uma oração subordinada adjetiva restritiva fica:

"[...] um grupo cada vez maior de pessoas que não têm bagagem científica tem  mobilizado [...]".

e) Usando um adjetivo no lugar da locução "se

m bagagem científica", temos:

"[...] um grupo cada vez maior de pessoas leigas tem  mobilizado [...]".

f) Resposta pessoal.

Sugestão: A original parece mais eficaz porque transmite, com poucas palavras, a informação de que são pessoas sem conhecimento profundo no campo da ciência. O adjetivo "leigo" tem um sentido mais amplo, deixando o texto vago.

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