Respostas
Resposta:
Explicação:
Em 2004, uma equipe internacional de astrônomos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, divulgou a primeira evidência clara de que a galáxia de Andrômeda – “irmã” maior da Vila Láctea – está devorando uma de suas galáxias vizinhas. As imagens mostraram cúmulos estelares que podem ser restos de outras galáxias menores engolidas por Andrômeda, a galáxia mais distante (a 2,2 milhões de anos-luz) visível da Terra a olho nu. A descoberta ajuda a compreender a evolução das galáxias próximas e da própria Via Láctea, pois ambas têm estruturas parecidas, em forma de espiral.
A Via Láctea não é alheia ao fenômeno do canibalismo. Ela mesma adquiriu sua estrutura atual após absorver galáxias menores. E deverá algum dia bater de frente com Andrômeda, que tem o dobro do seu tamanho. Mas não perca o sono com esse cenário. As duas galáxias estão se aproximando uma da outra a cerca de 500 000 quilômetros por hora. Nesse ritmo, a colisão deverá ocorrer dentro de uns… 3 bilhões de anos! Visto de outro ângulo, isso não significará o fim de tudo – mas sim o nascimento de uma megagaláxia.
Berço de estrelas
Choques entregaláxias dão origem anovos corpos celestes
No início de 2004, o Observatório de Raios X Chandra, da Nasa, anunciou a descoberta de ricos depósitos de neônio, magnésio e silício em duas galáxias em colisão, conhecidas como Antenas, localizadas a 60 milhões de anos-luz. O choque entre as duas galáxias é um fenômeno que deve ter-se iniciado há centenas de milhões de anos. O encontro foi de tal forma violento que, de cada uma das galáxias, foram expelidas estrelas e gases em dois longos arcos que lembram antenas, daí o nome dado à dupla.
A observação desse espetacular choque cósmico é importante porque fornece pistas do que poderá ocorrer também quando a Via Láctea colidir com Andrômeda, daqui a 3 bilhões de anos. Os depósitos de neônio, magnésio e silício nas Antenas se encontram em imensas nuvens de gás quente. Quando essas nuvens esfriarem, deverão dar origem a uma grande quantidade de estrelas e planetas. Das novas estrelas assim formadas, aquelas que possuírem massas mais elevadas deverão evoluir mais rápido, em poucos milhões de anos, explodindo como supernovas ao final de suas vidas.
Quando as galáxias colidem, são muitos raros os choques diretos entre estrelas, porque as estrelas se encontram muito espalhadas uma das outras. Na nossa galáxia, o Sol está separado da sua vizinha mais próxima, Centauri, a uma distância correspondente a 30 milhões de vezes o seu diâmetro. Com isso, o Sol teria de viver 100 000 vidas para que houvesse alguma probabilidade de se chocar com sua vizinha.