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Além do uso social da droga psicoativa, que é ilegal no Brasil, a maconha tem sido utilizada há milhares de anos com fins medicinais para tratar diversas condições.
"Diferentemente do tabaco e da cocaína, que também já foram considerados tratamentos e mais tarde se revelaram mais prejudiciais do que úteis, se tem observado que alguns componentes da maconha realmente têm utilidade terapêutica", comenta Ivan Mario Braun, psiquiatra especialista em abuso de drogas e autor do livro Drogas - Perguntas e Respostas (Editora Mg).
"A planta da maconha contém diversos componentes (canabinoides) estudados quanto aos seus efeitos terapêuticos, sendo os principais o delta-9-THC (ou THC) e o canabidiol (CBD)", afirma Antonio Waldo Zuardi, professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento e coordenador do Centro de Pesquisas em Canabinoides da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).
Há, ainda, outras substâncias relacionadas à planta que fazem parte desses estudos, como nabilona e dronabinol (sintéticos), tetrahidrocanabivarina (THCV), canabigerol (CBG), além de terpenos (mirceno, limoneno, cariofileno, entre outros).