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O arco romano, associado ao concreto pozolana (opus caementicium), foi um dos principais elementos arquitetônicos e de engenharia que contribuíram para o desenvolvimento das edificações e sua monumentalidade. Os arcos e as abóbadas poderiam ser também moldados em concreto e revestidos com alvenaria de tijolos.
Fórum de César no Fórum Romano, onde vê-se as ruínas de arcadas de concreto e alvenaria. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
Fórum de César no Fórum Romano, onde vê-se as ruínas de arcadas em concreto. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
Os arcos primitivos e semiarcos remontam ao Egito Antigo e à Mesopotâmia, como encontra-se na câmara mortuária da pirâmide do faraó Miquerinos, em Gizé. O arco e a abóbada são introduzidos na península itálica pelos etruscos, e estes impulsionarão a arquitetura, a engenharia e a estética romana no futuro. A Porta Augusta, em Perugia, é um dos primeiros exemplos da introdução do arco em escala monumental no vocabulário das ordens clássicas. O arco de triunfo romano, por exemplo, é derivado das portas etruscas. A Cloaca Maxima, o grande esgoto com arcos e abóbadas, que possibilitou a construção e drenagem do Fórum Romano, foi desenvolvida por engenheiros etruscos durante o domínio desses em Roma, no período da Monarquia. Os romanos desenvolveram complexos sistemas de arcadas e abóbadas, abrangendo desde as portas das cidades, esgotos, monumentos triunfais, pórticos e demais edifícios públicos e privados. Certamente, o edifício mais famoso por suas arcadas é o Anfiteatro Flaviano, chamado Coliseu de Roma, com seus 80 arcos completando a circunferência do edifício em cada nível. Entre as abóbadas romanas destacam-se a de berço e a de aresta. Adiante, veremos mais detalhes sobre cada um destes icônicos edifícios.
Arcadas do Coliseu e suas diferentes técnicas de construção de arcos, com pedras ou alvenaria de tijolos e concreto (incluindo restaurações). Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.