• Matéria: Português
  • Autor: eduardudu6
  • Perguntado 7 anos atrás

Conclusão sobre a literatura angolana

Respostas

respondido por: sthefanyinae6
0

Resposta:

O que começou com o ímpeto da formação de uma literatura angolana foi,

gradualmente, transformando-se no desejo de afirmação da nacionalidade. O

empenho dos intelectuais angolanos na formação da literatura do país trouxe à

tona um projeto mais amplo e profundo, norteado pelo desejo de criação de uma

nação.

A existência de muitas culturas diferentes no país caracterizou o processo

de formação da literatura de Angola. Sem negar suas origens e nem sua condição

de colônia, os escritores angolanos aos poucos conquistaram seu espaço na

literatura e puderam, com isso, reescrever a história do país, até então narrada pela

metrópole. Assim, a literatura em formação do país foi transformando-se de

literatura colonial em literatura da angolanidade e em literatura de combate, até

que houvesse o estabelecimento de uma moderna ficção angolana.

Nessa literatura em transformação, a influência de escritores brasileiros,

como Jorge Amado, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, se deu em vários

níveis. Seja pelo caráter social e combativo, seja pelas recriações lingüísticas, a

literatura de um país que já foi colônia portuguesa serviu muitas vezes de

inspiração para os escritores angolanos.

Nesse sentido, principalmente através da literatura, “o processo de

conscientização de muitos setores da intelectualidade africana”, contou com o

suporte da cultura brasileira, que se fez presente ao oferecer “parâmetros que se

contrapunham ao modelo lusitano”.235

Vale ressaltar que as influências não se detêm à literatura brasileira.

Escritores como Gabriel García Márquez, Júlio Cortazar e Mário Vargas Llosa,

entre outros que figuram nas literaturas hispano-americanas, que também

experimentaram o processo colonial, são de importância capital na formação deBoaventura Cardoso e decerto influenciaram o autor que ele é hoje, como ele

mesmo afirma.236

Após 1975, todas as utopias que envolviam a liberdade, a reconstrução, o

recomeço e o sentimento de nação a serem adquiridas com o fim da colonização –

utopias estas que nortearam grande parte dos textos do período anterior à

independência – se transformaram em desilusão. Esse sentimento é representado

criticamente na produção literária de Boaventura Cardoso por meio da devastação

de cidades, de famílias, de ideais e de perspectivas para o futuro.

As guerras civis pelo controle do poder político do país que duraram 27

anos, somadas à profusão de movimentos religiosos motivados por interesses

econômicos, dificultaram as relações internas no país e postergaram ainda mais o

desenvolvimento da consciência nacional. Na literatura, escritores como Pepetela,

Manuel Rui e Boaventura Cardoso fazem referências a esse período bastante

conflituoso e sanguinário.

Sem harmonia interna, o sentimento de nação custa a se desenvolver na

sociedade. A destruição física e emocional do país proporcionada por guerras

civis intermináveis dificultou a formação da unidade nacional. Afinal, como

acreditar na construção de uma nação cujos dirigentes se voltam uns contra os

outros, em que a desconfiança entre o povo é crescente?

Foi apenas muito recentemente, em 2002, que Angola conseguiu alcançar

a paz. Contudo, no estado dilacerado em que se encontra o país, sua reconstrução

levará tempo. A literatura apresenta-se como uma forma de “dar a conhecer

acontecimentos que estão na origem de alguns traumas que sacodem o tecido

social angolano”.237 Partindo do princípio de que “se dizer literariamente

corresponde à prática de uma ação”238, aos escritores angolanos fica a tarefa de

agir, no sentido de recriar, denunciar e preencher as brechas existentes na história.

Assim, promove-se a compreensão da situação atual do país a fim de prospectar

melhorias para um futuro próximo.

Nesse sentido, cabe às nações irmãs, tendo em vista o histórico de

devastação, apoio, más e boas intenções que as conecta, colocar em prática os

projetos desenvolvidos pela CPLP. Como Ministro da Cultura, Boaventura

Cardoso “tem defendido uma política mais eficiente para as relações afro-luso-

brasileiras na CPLP, transferindo para além das linhas da ficção suas

preocupações”.239

Sob essa perspectiva, cabe aos dirigentes desses países assumirem o

compromisso firmado há tempos no sentido de reconstruir e de reerguer Angola,

compreendendo a política de globalização mundial como um dos meios possíveis

de auxílio para o restabelecimento do país no âmbito sócio-econômico.

respondido por: nilidis
5

Resposta:

Explicação:

Olá, tudo bem?

A literatura em Angola começa antes de sua independência em 1975.

Já em 1950 existe um grupo de intelectuais angolanos que a discutem e produzem.

A literatura desse pais versa sobre o preconceito, dos castigos corporais, da dor causada por perder entes queridos e sobre a exclusão social.

A literatura, de fato, traça o panorama deste país.

Sucesso nos estudos!!!

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