A novidade do estágio da cultura de massa em face do liberalismo tardio está na exclusão do novo. A máquina gira em torno do seu próprio eixo. Chegando ao ponto de determinar o consumo, afasta como risco inútil aquilo que ainda não foi experimentado. Os cineastas consideram com suspeita todo manuscrito atrás do qual não encontrem um tranquilizante best-seller. Mesmo por isso sempre se fala de ideia, novidade e surpresa, de alguma coisa que ao mesmo tempo seja plenamente familiar sem nunca ter existido. Para isso servem o ritmo e o dinamismo. Nada deve permanecer como era, tudo deve continuamente fluir, estar em movimento. Pois só o triunfo universal do ritmo de produção e de reprodução mecânica garante que nada mude, que nada surja que não possa ser enquadrado. ADORNO, T. W. Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002. De acordo com o autor, a sociedade de massa é caracterizada por a) reproduzir a arte. b) demolir os padrões. c) recuperar o artesanal. d) estimular a originalidade. e) facilitar a experimentação.
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É correta a alternativa A.
A sociedade de massas, no que diz respeito ao fenômeno artístico, tende a produzir, sistematicamente, e reproduzir obras semelhantes, de modo a criar consensos em torno dos objetos culturais, que conduzem e mantém as estruturas sociais que os criaram.
Ela não estimula a originalidade e nem a experimentação, e sim a manutenção de modelos artísticos estáticos, que são um reflexo de uma sociedade profundamente desigual.
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