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Resposta:
A construção do porto de Suape demandou a derrubada e aterro de áreas de manguezais onde diversas espécies de tubarões procriam. Sem suas áreas tradicionais de alimentação e reprodução, algumas espécies, principalmente o Cabeça-chata (Carcharhinus leucas), uma das espécies mais adaptáveis e agressivas, passaram a buscar outros locais, e o porto oferecia outras opções de alimento.
Além disso, próximo do porto, havia um antigo matadouro, de onde eram despejados resíduos que iam parar no oceano, e acabavam atraindo os tubarões.
Os Cabeças-chatas são capazes de nadar em águas rasas, até cerca de 1 m, mesmo os exemplares maiores (a espécie pode atingir mais de 2,5 m e 280 Kg), e podem também subir os rios e atacar banhistas rio acima, longe do mar.
Por outro lado, alguns banhistas, principalmente surfistas, têm o hábito de se afastar para além da barreira de recifes, buscando as ondas maiores. Muitos são atacados.
A barreira natural não é contínua, e existem aberturas por onde os tubarões podem acessar a praia, atacando banhistas mesmo no raso.