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RESUMO:
Dedicamos nesse artigo uma breve análise dos cinquenta anos iniciais do Serviço Social
brasileiro, em que trataremos o surgimento e institucionalização da profissão, relacionado ao
amadurecimento do capitalismo e aprofundamentos da questão social. Apresentamos uma
breve análise da trajetória do serviço social brasileiro, destacando a construção do
posicionamento crítico que se apresenta hegemônico na profissão a partir do processo de
renovação da profissão sob a Ditadura Militar.
Palavras-chave: Serviço Social, Renovação, Ditadura Militar, Fundamentos históricos.
1 Assistente Social formada pela Universidade Federal Fluminense - UFF. Mestre em Serviço Social pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Professora colaboradora da Universidade Grande Rio –
UNIGRANRIO.
2 Assistente Social formado pela Universidade Federal Fluminense – UFF. Especialista em Gestão Pública pelo
Instituto A Vez do Mestre – Universidade Cândido Mendes (AVM-UCAM). Mestre em Serviço Social pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Professor do Curso de Serviço Social da Universidade
Estadual de Montes Claros – UNIMONTES.
3 Assistente Social formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Mestre em Serviço Social
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Doutorando em Serviço Social pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
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INTRODUÇÃO
O ano de 2016 marca para o serviço social brasileiro, não apenas oito décadas de seu
surgimento, mas, também três décadas vividas por uma profissão renovada, afinal é a partir
do ano de 1986 – tomando como base o Código de Ética profissional daquele ano, que mesmo
ainda apresentando limites, já apresenta uma mudança do estatuto profissional – que a
profissão inicia a construção de um novo caminho, com novos desejos e novas possibilidades.
Neste texto dedicaremos atenção aos primeiros cinquenta anos do serviço social no
Brasil, em especial, destacaremos o período da história do país que contribui substancialmente
para uma reformulação da profissão, período este que pode ser considerado como o fim de um
primeiro momento do serviço social brasileiro. Estamos tratando aqui, do processo de
renovação da profissão sob a Ditadura Militar Empresarial brasileira, assim, para realizar tais
reflexões utilizaremos autores que se dedicam ao estudo dos fundamentos históricos e teóricometodológicos do serviço social.
Na primeira parte deste trabalho serão tratados o surgimento e a institucionalização da
profissão no Brasil, desde o amadurecimento do capitalismo e aprofundamentos das
expressões da questão social, passando pela criação das primeiras escolas chegando à criação
das grandes instituições assistências do país. Este tópico tenta sintetizar os principais
acontecimentos no serviço social as décadas de 1930 a 1960 do século XX – sem, portanto,
desconsiderar a importância de tantos fatos e passagens importantes na história do país e da
profissão, mas que pelo espaço deste artigo não podem ser aprofundados.
Na segunda seção é apresentada uma reflexão sobre o processo de renovação do
serviço social brasileiro, onde a profissão ensaia uma ruptura com suas bases constituintes, ou
seja, com o seu surgimento, vinculado à elite e à doutrina católica. Destaca-se nesse item o
momento no qual a profissão redireciona sua ação e passa a defender um projeto de sociedade
voltado à classe trabalhadora.
Nas considerações finais destacamos a importância do conhecimento dos fundamentos
históricos do Serviço Social para o enfrentamento da hegemonia vigente, na construção
constante de um projeto de sociedade em que haja o reconhecimento da liberdade e o
aprofundamento da democracia na perspectiva da socialização da participação política e da
riqueza produzida (CRESS,2013).
Explicação: