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Ao contrário dos que viam a poesia como inspiração, algo sugerido através do contato com a musa, Aristóteles nunca fala em inspiração. A imitação é entendida como o resultado do domínio de uma técnica. E por ser uma técnica, pode se exercitar, se adquirir, e é possível se julgar a competência, embora ele admita que há pessoas mais ou menos talentosas”, explica.
Escritas séculos antes de Cristo, as reflexões desenvolvidas por Aristóteles nestes textos ainda podem ser empregadas para a compreensão da literatura contemporânea, mesmo não dando conta de todos os elementos, afinal os gêneros mudaram, assim como os contextos.
“Aristóteles também inova a partir do momento que considera a recepção e a função da obra de arte. Para ele, a tragédia deveria suscitar algumas emoções, no caso, o terror e a piedade, através das quais, quando o espectador as experimentasse, seria levado a uma espécie de purificação, que ele chama de catarse, e isso seria a fonte do prazer estético. Essas questões da recepção e da função da obra de arte ainda continuam sendo muito relevantes”, finaliza.