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Resumo
O abastecimento em recursos energéticos é algo essencial para o desempenho econômico. O petróleo tem
sido o mais importante desses recursos, historicamente. Essa proeminência, ao lado da marcada expansão
no seu consumo e do fato de estarem as principais reservas e estruturas de escoamento localizadas em
áreas politicamente instáveis, e também de serem encarniçadas as disputas entre Estados e empresas em
torno da sua exploração e comercialização, exige considerá-lo um ingrediente central da geoeconomia e da
geopolítica do capitalismo. Assim, em que pese o caráter histórico desta articulação, mais do que nunca
Estado, capitalismo e energia se revelam fortemente imbricados contemporaneamente. O artigo explora
essa questão em quatro seções, além da introdução e das considerações finais. Primeiro aborda-se o
papel da energia na geoeconomia e na geopolítica do capitalismo, sobretudo na atualidade. Depois
focalizam-se as tensões na Ásia Central em torno da energia, destacando a situação do Cáucaso. Na
sequência privilegia-se a flexão muscular dos Estados Unidos no Oriente Médio, particularmente no Golfo
Pérsico, com vistas ao controle de suas posições em relação às fontes de abastecimento em recursos
energéticos. Por último, antes das considerações finais, fala-se da questão iraniana como uma ilustração
eloquente do caráter estratégico do Oriente Médio em termos geoeconômicos e geopolíticos em termos
energéticos.