A liberdade comercial em plano internacional, se foi para a Colônia em vias de emancipação o início da independência efetiva, originou em Portugal uma conjuntura de crises econômicas que viriam a ser uma das condições decisivas de arrancada liberal promovida pela burguesia comercial lusa em solo brasileiro. (COSTA, Emilia Viotti da. Introdução ao Estudo da Emancipação Política. São Paulo: Difel, 1986.) O texto acima se refere à/ao:
A) Revolução do Porto.
B) União Ibérica.
C) Ascensão do Marquês de Pombal ao poder.
D) Reinado de Maria, a Louca.
Respostas
Resposta:
O presente trabalho, parte da perspectiva de emancipação política do Brasil, configurado em uma narrativa factual na ótica da autora Emília Viotti da Costa, a quem se deve o crédito do desenvolvimento de raciocínio e aprendizado acerca do desenvolvimento de uma nação independente, mas não plenamente ainda neste momento, ficando para o futuro a resolução deste impasse.
Podemos compreender, com base em Emília Viotti da Costa que a Revolução do Porto favoreceu o processo de emancipação política brasileira na medida em que D. João VI em sua desorganizada administração tentava manter o equilíbrio dos interesses portugueses. Sua estratégia não beneficiaria os brasileiros muito menos os europeus, acarretando numa série de desconfortos e irritações da população em relação às atividades comerciais por suas anulações de alvarás e isenções de taxas que traziam prejuízos a uns e benefícios a outros. Temos como exemplo o vinho português afirmando ser de melhor qualidade e preço comparado aos estrangeiros, além do transporte com redução de taxas a mercadorias estrangeiras em navios portugueses – este último seria sempre o português, sobretudo após a revolução espanhola que traria temores de um levante que cismavam os anseios da Corte.
D. João VI decide então facilitar a entrada de produtos portugueses no Brasil com o fito de aquecer as economias em Portugal, sobretudo isentando de taxas alguns produtos. A abertura dos portos que a princípio fora de caráter provisório agora de certa forma toma outro rumo sobressaindo nas questões comerciais quebrando o monopólio português resultando no que ficou evidente ao dia 24 de agosto de 1820, no Porto, quando os lusitanos anunciam a revolução liberal considerada antiliberal no sentido de ostentar o monopólio evitando concorrência. No Brasil a ideia de liberalismo significaria livre comércio e quebra no segmento colonial propiciando uma autonomia não sendo bem vista pela metrópole além da pressão de todos os lados e interesses diferentes entre portugueses e brasileiros resultaria então na separação entre colônia e metrópole. O pensamento liberal no Brasil segundo a autora viria acompanhado de uma intensa e avassaladora ideologia – francesa – revolucionária que daria origem as manifestações (sob influência da maçonaria) populacionais como a Inconfidência Mineira e as Conjuras além da Revolução Pernambucana em 1817, esta última a de maior vulto, desencadeando assim a emancipação política dos dois continentes.
Resposta:
A) Revolução do Poro