Respostas
Resposta:Apesar das adversidades impostas pelo clima, a economia da sub-região do sertão do Nordeste está ligada diretamente à atividade agropecuária, desse modo, para um bom desenvolvimento da mesma é indispensável que o clima contribua oferecendo condicionantes para que ocorra um plantio e que todas as etapas de uma lavoura não sejam prejudicadas por falta de umidade, e assim seus resultados produtivos não sejam influenciados pela composição climática que se apresenta nessa parte da região, especialmente em períodos de estiagem. Diante disso, fica evidente que o sucesso ou fracasso da produção agropecuária nessa sub-região depende exclusivamente das condições climáticas, em especial a chuva, pois é esse bem natural que promove a prosperidade da atividade no sertão.
A agropecuária é uma atividade econômica que abrange tanto a agricultura quanto a pecuária. No sertão, a atividade pecuária (criação de animais) ocupa um lugar de destaque, uma vez que é a principal atividade econômica.
Como essa região ainda não ingressou em um processo de mecanização e modernização efetiva do campo, a pecuária é desenvolvida de forma tradicional ou extensiva, isso quer dizer que os animais são criados em extensas áreas, no caso dos latifúndios, sem maiores cuidados e se alimentam quase sempre de pastagens nativas e não cultivadas, diante disso a produtividade é baixa. Depois da criação de gado, a principal é a produção de caprinos, animais de pequeno porte que resistem às condições mais adversas impostas pelo clima, devido a esse fator o Nordeste detém o maior rebanho dessa espécie no Brasil, com aproximadamente 9 milhões de animais.
Na agricultura, a produção é destinada ao próprio consumo, isso se desenvolve em praticamente todo o sertão, especialmente em pequenas propriedades rurais, nelas a produção é pequena, o trabalho é desenvolvido pelos integrantes da família sem utilização de tecnologias, usando técnicas e instrumentos rudimentares e tradicionais.
Alguns lugares do Sertão nordestino, como as encostas das serras e os vales fluviais, detêm certa umidade que proporciona condições que permitem o desenvolvimento da atividade agrícola, tais como o cultivo de culturas como milho, feijão, arroz e mandioca, além do cultivo de lavouras com fins comerciais como o algodão arbóreo e a soja no oeste da Bahia, ambas com produção destinada ao mercado externo.
Explicação:O Nordeste é a região brasileira que possui a maior quantidade de estados, nove ao todo (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). Sua extensão territorial é de 1.554.257,0 Km2 e, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abriga uma população de 53.081.950 habitantes.
Em razão das diferentes características físicas que apresenta, a Região Nordeste é dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, zona da mata, agreste e sertão. Compreender as peculiaridades das sub-regiões nordestinas é de fundamental importância para a análise das relações sociais ali estabelecidas, que refletem diretamente nas atividades econômicas desenvolvidas.
Normalmente, o Nordeste é visto como um local de pobreza, seca e outros problemas de ordem socioeconômica. No entanto, deve-se romper com essas ideias preconceituosas, o estudo das sub-regiões proporciona uma análise aprofundada sobre essa região tão rica em belezas naturais e manifestações culturais.
Meio-norte – é uma faixa de transição entre a Amazônia e o sertão semiárido do Nordeste, é composta pelos estados do Maranhão e oeste do Piauí. A vegetação natural dessa área é a mata de cocais, carnaúbas e babaçus, em sua maioria. Apresenta índices pluviométricos maiores a oeste. É uma região economicamente pouco desenvolvida, prevalece o extrativismo vegetal, praticado na mata de cocais remanescente (babaçu), agricultura tradicional de algodão, cana de açúcar e arroz, além da pecuária extensiva.