M. H.S., 20 anos, casada há dois anos, auxiliar de serviços gerais, ensino fundamental incompleto, seu companheiro está desempregado há seis meses, renda familiar de um salário mínimo e residência em área de risco. Recentemente, após mudança da família para área de abrangência da Unidade Básica Saúde (UBS) Serra Azul, deu início ao acompanhamento pré-natal com enfermeira Pâmela, que verificou o seu histórico obstétrico: G2 P0 C0 A1, aborto anterior espontâneo há três meses, com idade gestacional (IG) de 16 semanas e de causa desconhecida. Gestação atual não planejada, porém, desejada, data da última menstruação (DUM) 29/05/2019, nega comorbidades ou antecedentes familiares de patologias, bem como uso de medicamentos contínuos. Nesta manhã compareceu à UBS para realizar os exames do primeiro trimestre e, após a testagem rápida para sífilis, foi constatado por Pâmela um resultado reagente. A partir disso, a enfermeira abordou a usuária quanto ao resultado do teste rápido, expondo a necessidade de tratamento da sífilis (usuária e parceiro), assim como a relevância em realizar exames complementares para outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
No caso apresentado, o histórico obstétrico da usuária revela aborto espontâneo anterior há três
meses de causa desconhecida e sem investigação clínica. Apresente uma discussão fundamentada
na literatura atual da possível influência da sífilis como causa desse aborto, e a condução da
assistência adequada para essa situação.
Respostas
Quando ocorre a transmissão da sífilis da mãe para o bebê, diz-se sífilis congênita. Trata-se de infecção grave que pode causar aborto, má-formação do feto ou morte do bebê (quando ocorre dele nascer gravemente doente).
Assim, é muito importante a realização do teste que detecta a sífilis no momento do pré-natal; no caso de resultado positivo, como no caso da questão, é preciso tratar corretamente a mãe e o seu parceiro para evitar a transmissão da doença.
O tratamento deverá ser indicado por um profissional da área da saúde e ser iniciado o mais breve possível. Os parceiros também devem fazer o teste e serem tratados, evitando nova infecção da mulher.
Gestantes precisam serem tratadas com a penicilina, único medicamento capaz de tratar o bebê e a mãe e o bebê.
Bons estudos!