Respostas
Resposta:
A ureia é o principal excreta dos mamíferos e de anfíbios adultos (larvas de anfíbios excretam amônia), sendo eliminada dissolvida em água, formando a urina. ... Animais cujo principal produto de excreção é o ácido úrico são denominados uricotélicos.
Resposta:
Para quem vive na água, não é um problema excretar um composto altamente tóxico como a amônia. Pelo contrário, a economia energética oriunda desse processo é uma vantagem evolutiva.
Explicação:
O mecanismo da seleção natural, proposto por Darwin, permite a perpetuação do que é suficiente, não do que é perfeito para a sobrevivência da espécie em seu meio.
Contudo, é evidente que, quanto mais próximo uma característica é do que seria ideal frente às circunstâncias impostas pelo meio, maiores são as chances de sobrevivência de seu portador; ao passo que os menos adaptados são extintos.
Dessa maneira, uma das grandes vantagens dos peixes ósseos para manterem vivas a sua linhagem foi a sorte de excretarem amônia.
A amônia, apesar de ser uma excreta nitrogenada de elevada toxicidade, não costuma causar males aos seres vivos que a excretam, desde que esses organismos a mantenham bastante diluída.
Para diluí-la tanto assim, o ideal é habitar um meio aquático, no qual a água é abundante. Por sorte, esse justamente é o habitat dos peixes ósseos. Assim, o fato de a amônia ser muito tóxica não é um problema para tais animais.
Ok, assim entendemos que, para eles, não é um problema excretá-la. Mas não para por aí. No caso dos peixes ósseos, isso acarreta, inclusive, benefícios. Eu sei, pode pode parecer estranho. Mas acompanhe o raciocínio abaixo e você entenderá como tal fenômeno é vantajoso para eles.
Embora a ureia seja menos tóxica que a amônia e o ácido úrico seja menos tóxico que ambos, transformar amônia em ureia requer gasto de energia. A propósito, converter, em seguida, a ureia em ácido úrico, exige um gasto total ainda maior de energia.
Qual a vantagem evolutiva de gastar energia à toa? Sim, em vão, porque, em meio aquático, sobra água para diluir a amônia, não sendo necessário transformá-la em compostos menos nocivos.
Dessa maneira, eventuais seres aquáticos que desperdiçassem energia efetuando essas conversões teriam maior tendência à extinção em relação àqueles que, como os peixes ósseos, tiveram a sorte de não serem obrigados, pelo seu material genético, a efetuar tais transformações inúteis.
Em suma, peixes ósseos secretam amônia porque a excreção desse metabólito, possibilitada pela abundância de água no meio, confere a eles uma vantagem evolutiva, pois não gastam energia à toa convertendo-a em excretas menos tóxicas.