• Matéria: História
  • Autor: lalysnany
  • Perguntado 7 anos atrás

Situação social da Europa no século XIX

Respostas

respondido por: catitatonello
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Resposta:       Revoluções de 1848

As revoluções das décadas de 1820 e 1830 haviam desafiado o conservadorismo do Congresso de Viena. Na década de 1840, os movimentos de reforma e independência continuavam em muitas partes da Europa. Problemas econômicos e a falta de liberdade política causaram outra onda de revoluções, em 1848.

Explicação:  

Crises Econômicas na Europa

Entre 1846 e 1848, a Europa sofreu uma crise econômica. A Irlanda, em particular, foi vítima da fome. Durante muitos anos, camponeses irlandeses haviam dependido da batata como sua principal fonte de alimento. Em 1845 e 1846, pragas arruinaram quase todas as plantações irlandesas. Aproximadamente 500 mil pessoas morreram de fome e de doenças numa das piores crises da história moderna.

Outros países europeus também sofreram com a falta de alimentos. Uma severa seca atingiu a colheita de grãos na Europa, causando aumento nos preços dos alimentos e resultando em saques e no sofrimento geral da população. Simultaneamente, o comércio europeu fracassava, levando pessoas a se revoltarem contra seus governos e exigirem reformas.

Rebelião na França

O governo do rei francês Luís Filipe nunca satisfez a maioria da população francesa. O ressentimento contra seu governo era ainda maior entre a classe operária que sofria com o desemprego e baixos salários. As leis na França não permitiam greves e poucos trabalhadores possuíam terras suficientemente extensas para ter direito de voto. O povo francês também contestava a corrupção dos oficiais do governo.

Os operários chegaram à conclusão que eram necessárias mudanças radicais na França e aderiram ao socialismo, filosofia econômica que afirma que empresas, bancos e fábricas devem ser propriedade pública. Alguns socialistas afirmavam que os trabalhadores deviam ser donos das empresas para as quais trabalhavam; outros afirmavam que todas as empresas deveriam pertencer ao governo. Ambos os grupos de pensadores socialistas concordavam que as riquezas de um país deveriam ser divididas com maior igualdade entre o povo.

Cansados da corrupção governamental e da demora na implementação das reformas, multidões enfurecidas rebelaram-se em Paris na noite de 22 de fevereiro de 1848. Luís Filipe desistiu do trono e fugiu da França três dias depois. Assim nasceu a Segunda República francesa.

O novo governo foi liderado por um comitê de dez pessoas. Alguns membros queriam adotar liberdades políticas, mas não reformas sociais. Outros, liderados pelo socialista Louis Blanc, exigiam que o novo governo realizasse mudanças para ajudar os trabalhadores franceses. Como resultado das exigências de Blanc, o governo criou um programa nacional de empregos. Aproximadamente 200 mil pessoas desesperadas por trabalho vieram a Paris para se inscrever. Deste número, por volta de 120 mil encontraram emprego, normalmente na construção de estradas, que pagava baixos salários.

Como resposta à Revolução de Junho de 1848, a Assembleia francesa modificou a Constituição do país para dar mais poderes ao governo. Ao mesmo tempo, porém, deu direito de voto a todos os homens adultos.

Eleitores franceses então elegeram Luís Napoleão como presidente da França. Sobrinho do imperador Napoleão Bonaparte, Luís governou de forma conservadora e tornou-se bastante popular. Mas quando a Legislatura demonstrou oposição ao seu governo, ele dissolveu-a e estabeleceu uma ditadura. Em 1852, os eleitores deram-lhe um novo título, Imperador Napoleão III. O Segundo Império agora substituía a república, criada em 1848.

O Império Austríaco

Em 1848, assim como em 1830, o espírito revolucionário expandiu-se da França para o resto da Europa. No Império Austríaco ocorreram diversas revoltas nacionalistas. Os alemães representavam a nacionalidade com mais habitantes do império, constituindo aproximadamente um quarto da população. Na Hungria, que era a parte oriental do império, os magiares (húngaros) representavam o maior grupo nacional. Alguns povos eslavos, como tchecos e poloneses, reclamaram dos maus tratos que sofriam dos alemães e húngaros. Além disso, outras nações do império, como os italianos, queriam seu próprio governo.

Os governantes Habsburgos na Áustria utilizavam o exército e a burocracia para manter seu império unido. Mas isto se tornou mais difícil, à medida que o espírito de nacionalismo crescia. Tchecos e húngaros protestaram contra a dominação alemã do império. Escritores começaram a escrever em suas próprias línguas, ao invés de usar o latim, alemão e francês que eram ensinados nas escolas.

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