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Podemos começar com uma definição: O teatro é uma arte em que um ou mais atores, interpreta uma história, com o auxílio de escritores, diretores e técnicos, que têm como objetivo apresentar uma situação a tal ponto de despertar reações no público. Uma história se faz real pela montagem de um cenário e a representação de atores em um local denominado palco, para um público de espectadores que querem estar ali. Engloba todas as outras artes podendo utilizar a música, a dança, as artes plásticas, etc. O teatro só pode acontecer quando há a união de três elementos indispensáveis: ator, personagem e espectador. Se um deles não estiver presente, não há teatro.
É uma boa definição e você pode obter esta e muitas outras definições pela internet. Hoje em dia não existe mais uma definição para nada neste mundo. Tudo pode ser e pode não ser. Sendo assim, o teatro segue vivo, mais do que nunca, já que brinca com as barreiras das possibilidades, e nunca o mundo foi tão sem realidades. Foi o tempo do pedra é pedra. Hoje, normalmente, tudo o que parece, quase nunca é. E o “ser ou não ser” do teatro já vem a longos séculos questionando-se sobre a existência humana.
Um slogan bastante usado, e verdadeiro, é “teatro é cultura”. Logo, assim como a literatura, cinema, televisão, música, e talvez... Mais alguma atividade cultural que não me lembro agora, não é meramente diversão. Vivemos num momento em que cultura é quase sinônimo de diversão. Seria bom, não fosse o fato do quanto as produções culturais mais expostas ao público serem tão vazias intelectualmente. Eles conseguiram. A teoria do todo intelectual é chato foi de tal maneira absorvida pelas crianças da “geração ditadura” que as próprias pessoas intelectualizadas têm vergonha de serem cultas.
Parabéns aos nossos ditadores pela brilhante eficiência. Agora o slogan mais correto é “teatro é diversão”. Vá. Divirta-se. Dê muitas gargalhadas, se emocione. E volte para casa vazio culturalmente. Por isso, cuidado com atividades culturais extremamente expostas pela mídia, quase sempre está propondo-lhe mais uma lavagem. Mais um antisséptico que irá curar essa sua necessidade de pensar e raciocinar a respeito do que Shakespeare queria dizer com “ser ou não ser”.