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Jess (Drew Barrymore) e Milly (Toni Collette) são melhores amigas desde a infância. Enquanto Milly se casou, teve dois filhos e construiu uma carreira de sucesso, Jess decidiu levar uma vida pacata ao lado do marido Jago (Paddy Considine). Após se submeter a um tratamento, Jess enfim consegue engravidar. Mas a notícia vem justamente quando Milly descobre ter câncer de mama e precisa passar por quimioterapia, o que necessitará do apoio não apenas da amiga, mas de toda a família.
Sabe aquele filme que quando você termina de assistir quer gritar para o mundo e apontar uma arma na cabeça das pessoas para obriga-las a assisti-lo?
Pois foi assim com Já Estou Com Saudades, para vocês terem noção, amanhã acordo supercedo e cá estou eu aqui em frente ao computador quase meia-noite fazendo uma resenha.
Jess se mudou quando criança dos Estados Unidos para a Inglaterra e logo no primeiro dia de aula fez amizade com a extrovertida Milly. Essa amizade com o passar dos anos se tornou um laço inquebrável, que muitas vezes não existe nem mesmo entre parentes de sangue.
Juntas elas passam por várias aventuras até que Milly descobre que está grávida de Kit, seu “namorado”, contrariando o que parecia ser óbvio eles se casam e juntos formam uma linda família ao lado de seus dois filhos e Miranda, mãe de Milly. Nesse meio tempo Jess conhece Jago com quem também se casa e juntos tentam de todas as formas engravidar, mesmo que isso se torne cada vez mais difícil, até que resolvem iniciar um tratamento de fertilização.
Tudo parecia muito bem na vida de todos, no entanto, tudo muda quando Milly descobre estar com câncer de mama. Ela tem o apoio de todos e mais ainda de sua melhor amiga, Jess, que faz questão de acompanhá-la em todas as consultas e sessões de quimioterapia.
Milly tenta manter seu bom humor durante todo o filme e é visível que isso é uma tarefa difícil, porem em momento algum Jess se deixa fraquejar e a todo instante tenta fazer sua amiga sorrir e esse é o grande exito do filme. Nós somos presentados com uma das histórias mais lindas de amizade e superação. Estamos acostumados a ver filmes onde o personagem doente conhece o grande amor de sua vida e juntos constroem uma linda história de amor, que nos faz debulhar em lagrimas. Entretanto esse filme consegue fugir desse clichê e focar em outra linda forma de amor que é a amizade verdadeira. Nele vemos como um amigo é importante para quem está passando por isso e como esta triste doença pode fragilizar até mesmo o mais lindo e perfeito relacionamento conjugal, como acaba acontecendo com Milly.
Quem interpreta Milly é Toni Collette, conhecida por filmes de grande sucesso como Pequena Miss Sunshine e O Sexto Sentido. Não sei nem por onde começar a elogiar a interpretação dessa espetacular atriz, somos presentados com uma personagem densa, animada e complexa, que inicialmente se mostra como uma mulher bem forte, mas que depois tem de buscar mais força dentro de si e se deixar ajudar por aqueles que estão ao seu lado. Se por um lado eu sabia que Toni daria um show de atuação, por outro esperava apenas uma atuação “boa” de Drey Barrymore, que interpreta Jess, no entanto fui surpreendido pelo que pode ter sido sua melhor atuação. As cenas em que ela tem de demonstrar força e bom humor para levantar o animo de sua amiga são espetaculares pois percebemos o quanto a personagem está triste, mas mesmo assim veste uma armadura e tenta fazer a vida de sua amiga bem melhor e muitas vezes chega a colocar as prioridades de Milly a frente das suas.
Enfim, este é um filme que ficará em sua memoria e te fará rir demais e chorar mais ainda no instante seguinte. A sequencia final é algo lindo demais e sei que pode parecer spoiler, mas a cena musical em que toca “Losing My Religion” do REM é de fazer você parar para pensar na vida em meio ao filme. Recomendo esse filme para você que busca mais do que um de tantos romances onde temos um belo casal onde ao fim um deles morre, este é um filme onde nos mostra o que talvez seja a mais bela forma de amor, a amizade.
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