Temos, no governo Collor, a distância entre duas publicidades: uma publicidade favorável ao governo, por ele suscitada e mesmo paga, que se expressava na encarnação da força física, melhor dizendo, de uma positividade que não remetia a nenhuma virtude moral ou política, mas se reduzia ao mero abuso da animalidade; e outra publicidade, que lhe foi fatal, quando o irmão veio a público denunciar o presidente enquanto pessoa pública, por corrupção. RIBEIRO, R. Janine. Em: DAGNINO, Evelina (org.). Anos 90: Política e sociedade no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1994. Adaptado. a) A quais publicidades o autor do fragmento se refere? b) Para os cidadãos de um país, qual dessas publicidades é mais importante? Explique. c) normalmente, qual publicidade os governantes apoiam mais? Com que intenção?
Respostas
a) Publicidade eleitoral e Publicidade midiática.
b) Publicidade midiática (jornalismo). Pois o político quer maquiar as coisas e mostrar que está tudo bem, quando a verdade não é essa. Já o jornalismo bem embasado (com credibilidade e prestígio), mesmo sujeito a erros, é mais confiável que propaganda política.
c) Os políticos apoiam mais a publicidade eleitoreira. Com a intenção de arranjarem mais votos e permanecerem no poder.
Resposta:
a) O autor se refere à publicidade ligada ao marketing que Collor utilizava de forma ostensiva, pra reforçar sua imagem de energia, juventude, força, destemor e à publicidade ligada a tornar conhecidas as ações de agentes públicos.
b) A segunda, porque ela permite que os governantes sejam acompanhados e fiscalizados o tempo todo. E que os cidadãos possam se manifestar quando medidas contrárias ao interesse pública são tomadas.
c) A primeira. Através dela, o governante só divulga o que acha conveniente e a utiliza como forma de reforçar a imagem que quer passar à população. Além disso, investir muito dinheiro em publicidade (marketing) pode ser uma forma de ganhar a simpatia de muitos meios de comunicação, que passar a “cobrir” o governo de forma mais tolerante.