Qual o lado positivo e o negativo do funk
Respostas
Resposta:
Positivo: Coloca em evidência para o mundo a cultura das favelas e a realidade das pessoas que moram no morro.
Negativo: infelizmente alguns funkeiros fazem apologia ao crime e ao tráfico de drogas.
Resposta:
Podem falar o que for: que o funk é sujo, devasso, explícito. Mas nunca deixarei de respeitá-lo. Seus traços estilísticos estão profundamente entranhados em sua origem suburbana. Tendo sua matéria prima importada de Miami, é um gênero afro-descendente, transplantado de uma conotação social semelhante. Foi o grito dos negros norte-americanos que ressoou nos morros cariocas.
Os bailes funk dos anos 60 e 70 tocavam James Brown e Tim Maia. A partir dos anos 80, o Miami Sound infestou as favelas, dando um significado diferente para o gênero. Passaram a vigorar as caixas de ritmo, a música sem tonalidade coerente, a melodia sem melodia. O funk carioca foi se moldando nessa égide, como um filho bastardo do Freestyle e do Rap estadunidenses.
"É o grito do favelado que quer ter sua identidade reconhecida, mostrando para a sociedade que o repele que ele, afinal, é parte dela".
Não consigo deixar de enxergar a explicitude do funk como um reflexo da própria realidade onde ele surgiu. O gênero não foi feito para ser ouvido com fones. É o grito do favelado que quer ter sua identidade reconhecida, mostrando para a sociedade que o repele que ele, afinal, é parte dela. Trata-se de uma constatação pessoal com pretensões psicanalíticas e arquetípicas, que vê esta manifestação musical como uma explosão de vulgaridade. Uma rebeldia de quem quer, sim, chamar a atenção.
Site pesquisado: http://opercebedor.blogspot.com/2013/07/o-lado-bom-do-funk.html