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A terapia larval foi levada para o Hospital Johns Hopkins (Baltimore -EUA) em 1927, pelo cirurgião William Baer. A partir do desenvolvimento dos antibióticos nos anos 40, a prática foi abandonada pela medicina. Com o aparecimento de bactérias resistentes, a técnica voltou a ser utilizada nos EUA, em Israel e em alguns países da Europa para tratar feridas de diabéticos, queimaduras, tumores etc. Conheça os principais tratamentos bioterápicos com organismos vivos:>
Larva de mosca-varejeira (Calliphoridae) – comedora de sujeira
Essa é a técnica mais famosa e antiga da Bioterapia, usada por índios e soldados para tratar ferimentos e queimaduras. Larvas recém- chocadas passam por um processo de esterilização e são aplicadas em ferimentos com objetivo de acelerar o processo de cicatrização. Elas se alimentam do tecido necrosado e destroem as bactérias, garantindo a preservação do tecido vivo. São usadas quando o organismo do paciente não consegue limpar as feridas do próprio corpo. É comum utilizarem de dez a 15 larvas por centímetro cúbico da ferida, que são retiradas em no máximo três dias.
Sanguessuga (Hirudo medicinalis) – o vampiro do bem
O uso de sanguessugas como tratamento começou há mais de 2,5 mil anos na Índia. Nesta época, acreditava-se que doenças eram causadas pela concentração de sangue e a cura era feita com sangria. Como a sanguessuga chupa o sangue sem causar dor, o tratamento ficou popular. No século XX, a técnica foi abandonada por não ser comprovada sua eficácia cientificamente. Mas, voltou a ser utilizada na Europa e nos EUA, onde é feita em pós-operatório, restabelecendo a circulação de sangue em tecidos reconstituídos. É comum ser usada em hematomas de cirurgias plásticas. No século XIX, hospitais de Paris utilizavam até seis milhões de sanguessugas, retirando 300 mil litros de sangue por ano.
Abelhas melíferas – santo veneno
A apipuntura usa o veneno das abelhas que possuem ação anti-inflamatória. A prática é utilizada no tratamento de artrite, reumatismo, doenças oftalmológicas e infecções na pele. O líquido é coletado e usado para a produção de pomadas e soluções injetáveis. Também há a opção de um tratamento mais radical, em que o paciente recebe várias ferroadas de abelhas no local infeccionado. O tratamento não tem comprovação científica, mas já foi testado em casos de esclerose múltipla por médicos cubanos.
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