Entretanto, nesta Unidade, vamos pensar no âmbito organizacional, mundo dos negócios, das corporações e empresas. Ainda que estejamos inseridos em um mundo altamente competitivo, algumas empresas se sobressaem perante outras, são mais bem-sucedidas e, portanto, obtêm maior rentabilidade, conseguindo manter-se no mercado e, por vezes, ampliar sua participação. Imagine que você é gestor de uma fábrica de calçados na região Sul do Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, e que está preocupado com o avanço em larga escala dos concorrentes chineses. Já que o sucesso depende de uma série de vantagens competitivas, você ficou encarregado de elaborar um relatório para disseminar entre os colaboradores as vantagens competitivas da fábrica perante os produtos chineses. Afinal, é importante que todos saibam o diferencial dos produtos que confeccionam.
Elabore um relatório contendo pelo menos cinco vantagens competitivas e uma pequena explicação sobre cada uma (no máximo, 2 linhas para cada explicação).
Respostas
Inovação
É importante para atrair a atenção dos consumidores, principalmente aqueles pertencentes ao público mais jovem (que amam novidades e tendências de consumo).
Qualidade
É uma característica determinante para a geração de valor e satisfação do consumidor final.
Atendimento
Na verdade, esse diferencial competitivo é um dos mais importantes, uma vez que o consumidor quer se sentir único, o que envolve um atendimento de excelência.
Força da marca
Na prática, as ações de Marketing podem gerar mais força para a marca, o que pode ser convertido em ganho de clientes e, consequentemente, maximização dos lucros.
Responsabilidade Social
A preocupação das empresas com as comunidades onde atuam contribui para a melhoria da imagem e ganho de reputação perante os stakeholders ou estacas do negócio.
Mantenha-se firme na luta!
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Há um grande número de fatores que determinam o desempenho competitivo de uma empresa.
De maneira geral, podemos dividir as capacidades competitivas em três níveis, ou conjunto de fatores: de natureza sistêmica, estrutural e interna. Essa divisão foi apresentada por Coutinho e Ferraz, organizadores do "Estudo da competitividade da indústria brasileira", primeiramente editado em 1995 e reeditado até hoje, dada sua relevância.
- Macroeconômicos: taxa de câmbio, oferta de crédito e taxas de juros do(s) país(es) onde a empresa atua;
- Político-institucionais: políticas tributária e tarifária, regras que definem o uso do poder de compra do Estado;
- Regulatórios: políticas de proteção à propriedade industrial, de preservação ambiental, de defesa da concorrência e proteção ao consumidor;
- Infraestruturais: disponibilidade, qualidade e custo de energia, transportes, telecomunicações e serviços tecnológicos;
- Sociais: qualificação da mão de obra (educação profissionalizante e treinamento), políticas de educação e formação de recursos humanos, trabalhista e de seguridade social, grau de exigência dos consumidores;
- Dimensão regional: aspectos relativos à distribuição espacial da produção;
- Internacionais: tendências do comércio mundial, fluxos internacionais de capital, de investimento de risco e de tecnologia, relações com organismos multilaterais, acordos internacionais e políticas de comércio exterior.
Há de se observar, no entanto, que, no Brasil, há certo consenso sobre o chamado Custo Brasil, que significa uma desvantagem de localização, devido principalmente à excessiva carga tributária do Brasil. De forma geral, o Custo Brasil compreende muitos outros fatores que penalizam as empresas aqui instaladas, como as condições limitantes de transporte (ferrovias, rodovias e portos), a baixa qualificação da mão de obra, a instabilidade política e a escassez e alto custo do capital. Esse tema é pertinente, pois o exemplo traz a comparação com produtos chineses, e sabe-se que na China há menores custos de produção associados. Assim, dificilmente os produtos brasileiros terão muitas vantagens competitivas nesse nível de análise.