• Matéria: Português
  • Autor: Anônimo
  • Perguntado 9 anos atrás

O QUE ACHAM DESTE TEXTO? Há erros ortográficos? Estou fugindo muito do tema?
Fédon é um diálogo escrito por Platão, em que Fédon narra à Equécrates os momentos que precederam a morte de Sócrates na prisão. Sócrates foi condenado por corromper com a juventude e por ser injusto com os Deuses de Atenas. Seus discípulos não entendem sua tranquilidade diante da morte, então Sócrates faz um discurso em sua defesa, no qual afirma que os filósofos desejam e esperam pelo momento da morte, pois somente ela os alcançaria a verdade.
As preocupações dos filósofos estão voltadas para a alma, e não para o corpo. Eles rejeitam os prazeres e as sensações corporais, pois elas são incertas e são um obstáculo para adquirir a sabedoria. Para conhecer um objeto é necessário a libertação da realidade física, somente a alma pode mostrar a absoluta verdade de todas as coisas, de como elas realmente são. O processo de conhecimento começa quando a alma é separada do corpo no momento da morte. Sócrates acredita que a alma sobrevive à morte, crença herdada do orfismo, e expõe argumentos racionais para justificar que a alma não é destruída no momento da morte.
O primeiro argumento apresentado por Sócrates é o argumento dos contrários, no qual mostra que se a morte nasce da vida, então, a vida nasce da morte. É do nascimento das coisas contrárias que nascem seus contrários. Algo para se tornar belo, precisa antes ser feio e para ser pequeno, precisa antes ser grande. Então, a alma existe para além da morte. As coisas mortas provêm das que têm vida. A passagem da vida para a morte é nomeada como morrer, e a passagem a morte para a vida é definida como reviver, se os seres revivem pode-se concluir que as almas existem em algum lugar, donde voltam a renascer. O renascimento é uma ideia transmitida do Pitagorismo Antigo, faz parte da doutrina da metempsicose e transmigração de almas, crenças na reencarnação da alma humana, animais e vegetais.
Com o argumento da Reminiscência, Sócrates prova a preexistência da alma em relação ao corpo, não prova a sobrevivência da alma após a morte. Aprender é recordar do conhecimento das ideias que já existem na alma, ideias que foram aprendidas em uma outra existência. Então, as almas existiram em algum lugar antes do nascimento.
As coisas compostas se dissipam, pois morrem no processo de decomposição e se desagregam. Elas estão sempre em mudança e estão sujeitas à destruição. As coisas simples se mantêm constantes, permanecem identicas, são imutáveis e invisíveis aos sentidos. Os sentidos captam a realidade que muda. A alma pertence a característica do que é simples, pertecence às ideias, ou seja, é imortal e o corpo é composto e destruído.
O oposto em si não pode tornar-se no seu oposto. O ímpar, por exemplo, é contrário de par e nunca será par. O número três abriga ideia de ímpar, contrário de par e nunca será par.. A alma não possui contrário. Levando em consideração que alma significa anima: vivo e animado, e que o contrário de vida é morte, pode-se concluir que a abriga ideia de vida, que nunca será seu contrário: morte.
A partir dos argumentos mencionados, pode-se considerar que a alma é imortal na visão de Sócrates. Quando a alma se desliga do corpo, em estado de pureza, se dirige ao que é imortal, divino e sábio. A alma em estado de impureza não se libertará completamente. A alma dos que praticaram a sabedoria e a virtude, viveram de acordo com a razão e desprezaram o corpo e as ganâncias vão para a companhia dos deuses.

Respostas

respondido por: lucepricee
7
O texto está ótimo mas estou colocando ele para você com a correção de uns poucos erros que haviam:
Fédon é um diálogo escrito por Platão, em que Fédon narra à Equécrates os momentos que precederam a morte de Sócrates na prisão. Sócrates foi condenado por corromper com a juventude e por ser injusto com os Deuses de Atenas. Seus discípulos não entendem sua tranqüilidade diante da morte, então Sócrates faz um discurso em sua defesa, no qual afirma que os filósofos desejam e esperam pelo momento da morte, pois somente ela os alcançaria a verdade. As preocupações dos filósofos estão voltadas para a alma, e não para o corpo. Eles rejeitam os prazeres e as sensações corporais, pois elas são incertas e são um obstáculo para adquirir a sabedoria. Para conhecer um objeto é necessário a libertação da realidade física, somente a alma pode mostrar a absoluta verdade de todas as coisas, de como elas realmente são. O processo de conhecimento começa quando a alma é separada do corpo no momento da morte. Sócrates acredita que a alma sobrevive à morte, crença herdada do orfismo, e expõe argumentos racionais para justificar que a alma não é destruída no momento da morte. O primeiro argumento apresentado por Sócrates é o argumento dos contrários, no qual mostra que se a morte nasce da vida, então, a vida nasce da morte. É do nascimento das coisas contrárias que nascem seus contrários. Algo para se tornar belo, precisa antes ser feio e para ser pequeno, precisa antes ser grande. Então, a alma existe para além da morte. As coisas mortas provêm das que têm vida. A passagem da vida para a morte é nomeada como morrer, e a passagem a morte para a vida é definida como reviver, se os seres revivem pode-se concluir que as almas existem em algum lugar, donde voltam a renascer. O renascimento é uma idéia transmitida do Pitagorismo Antigo, faz parte da doutrina da metempsicose e transmigração de almas, crenças na reencarnação da alma humana, animais e vegetais. Com o argumento da Reminiscência, Sócrates prova a preexistência da alma em relação ao corpo, não prova a sobrevivência da alma após a morte. Aprender é recordar do conhecimento das idéias que já existem na alma, idéias que foram aprendidas em uma outra existência. Então, as almas existiram em algum lugar antes do nascimento. As coisas compostas se dissipam, pois morrem no processo de decomposição e se desagregam. Elas estão sempre em mudança e estão sujeitas à destruição. As coisas simples se mantêm constantes, permanecem idênticas, são imutáveis e invisíveis aos sentidos. Os sentidos captam a realidade que muda. A alma pertence a característica do que é simples, pertecence às idéias, ou seja, é imortal e o corpo é composto e destruído. O oposto em si não pode tornar-se no seu oposto. O ímpar, por exemplo, é contrário de par e nunca será par. O número três abriga idéia de ímpar, contrário de par e nunca será par.. A alma não possui contrário. Levando em consideração que alma significa anima: vivo e animado, e que o contrário de vida é morte, pode-se concluir que a abriga idéia de vida, que nunca será seu contrário: morte. A partir dos argumentos mencionados, pode-se considerar que a alma é imortal na visão de Sócrates. Quando a alma se desliga do corpo, em estado de pureza, se dirige ao que é imortal, divino e sábio. A alma em estado de impureza não se libertará completamente. A alma dos que praticaram a sabedoria e a virtude, viveram de acordo com a razão e desprezaram o corpo e as ganâncias vão para a companhia dos deuses.
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