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A Região Norte é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Com uma área de 3 853 676,948 km² - a maior entre as cinco regiões - cobre 45,25% do território nacional,[3] sendo superior à área da Índia e pouco inferior à União Europeia. Se fosse um país, seria o 7.º maior do mundo em área. Sua população, também de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 18,4 milhões de habitantes em 2019, equivalente à população do Cazaquistão.[6] Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 0,730,[5] é considerado alto e, em comparação com as outras regiões brasileiras, tem o segundo menor IDH, superando apenas a Região Nordeste.
É formada por sete estados, sendo estes: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Suas maiores e principais cidades são Manaus e Belém, as únicas na macrorregião que possuem população superior a um milhão de habitantes. Porto Velho, Macapá, Palmas, Rio Branco e Boa Vista são outros importantes centros regionais. Está localizada na região geoeconômica da Amazônia, entre o Maciço das Guianas (ao norte), o planalto Central (ao sul), a Cordilheira dos Andes (a oeste) e o oceano Atlântico (a nordeste). O clima predominante na região é o equatorial, além de algumas regiões de clima tropical. A região é dominada por um importante ecossistema para o planeta: a Amazônia. Registra-se também, pequenas faixas de mangue no litoral, alguns pontos de cerrado e também alguns pontos de matas galerias. A latitude e o relevo explicam a temperatura; a temperatura e os ventos explicam a umidade e o volume dos rios; e o clima e a umidade, somados, são responsáveis pela existência da mais extensa, variada e densa floresta do planeta, ou seja, a Floresta Amazônica.
A região abriga os dois maiores estados em território no país, Amazonas e Pará. Além destes, os dez maiores municípios em área territorial (quatro no estado do Pará e seis no estado do Amazonas), também estão situados na Região Norte. Outros feitos também são congratulados, como a capital brasileira com maior área,[7] Porto Velho, o segundo rio mais extenso do mundo, Rio Amazonas[nota 1], e o ponto culminante do Brasil, o Pico da Neblina.Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do Brasil, foram os indígenas, que compartilhavam uma diversificada quantidade de tribos e aldeias, do período pré-colombiano até a chegada dos europeus.[14] Os espanhóis, entre eles Francisco de Orellana, organizaram expedições exploradoras pelo rio Amazonas para conhecer a região. Após longas viagens ao lado de Francisco Orellana, Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés escreveu, em Veneza, uma carta dirigida ao cardeal Pedro Bembo, exaltando a fauna e a flora existentes na região à época da expedição.
Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos, vieram para a Região Norte a fim de trabalhar na extração da borracha. Muitas famílias japonesas vieram trabalhar nas colônias agrícolas. Os japoneses iniciaram a plantação da pimenta-do-reino e da juta.
Durante as décadas de 60, 70 e 80, os governos militares implantaram um grande plano de integração dessa região com as demais regiões do Brasil, incluindo a construção de várias rodovias (como a rodovia Transamazônica), instalação de indústrias e a criação da zona franca de Manaus.
Povoamento
A divisão territorial em países não coincide, necessariamente, com a ocupação indígena do espaço geográfico; em muitos casos, há povos que vivem dos dois lados de fronteiras internacionais, criadas muito depois de eles já estarem na região. Os habitantes da Amazônia, desde o início da colonização do século XVII até os presentes dias, dedicaram-se a atividades extrativistas e mercantilistas, inserindo entre 1840 e 1910, o monopólio da borracha, principalmente no Amazonas e Acre. Todo esse processo de colonização gerou mudanças como a redução da população indígena, aumento da identidade cabocla, mestiçagem entre brancos, negros e indígenas, redução de espécies de plantas e animais e outras consequências.
Vários personagens surgiram da miscigenação de povos que trabalharam nas terras amazônicas como os caboclos, os ribeirinhos, os seringueiros e o balateiros, que até hoje residem no local e constituem a maior parte da população.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Amazônia passou a integrar o processo de desenvolvimento nacional. A criação do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) em 1952, a implantação das agências de desenvolvimento regional como a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em 1966 e a Zona Franca de Manaus, em 1967, passaram a contribuir no povoamento da região e na execução de projetos voltados para a região. espero ter ajudado