• Matéria: Filosofia
  • Autor: andressasenna
  • Perguntado 7 anos atrás

qual a diferenca entre hedonismo antigo e moderno​

Respostas

respondido por: lorranalemos14
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Explicação:

A sociedade grega era composta majoritariamente por dois grupos distintos, os escravos e a elite.

Como o trabalho braçal ficava por conta dos escravos, a elite desfrutava de muito tempo livre e é exatamente por isso que surgiram tantos pensadores e teorias conceituais na Grécia Antiga, uma delas, a corrente Hedonista, do grego hedonê, “prazer”, “vontade”.

Filósofos Gregos Antigos pregavam o Culto Aos Prazeres

Os principais representantes do Hedonismo são o famoso Epicuro e Aristipo de Cirene.

Aristipo analisava o prazer segundo o “movimento da alma humana”, podendo ser um movimento suave (prazer) ou áspero (dor).

Para ele, o prazer sempre se objetiva a minimizar a dor, sendo o caminho para a felicidade.

Aristipo de Cirene percebia o prazer sob a visão física, corpórea. Essa percepção foi ampliada pela perspectiva de Epicuro de Samos, que defendia que a satisfação do corpo não ocasiona prazer, mas que esse só é realmente atingido quando nos libertamos da dor, do sofrimento e da agitação, cultuando estados de equilíbrio, serenidade e calmaria.

E um dos caminhos para isso seria justamente abandonando a busca desenfreada por prazeres corporais.

Sob diferentes perspectivas, ambos concordavam que um estado prazeroso significa um estado de tranquilidade e serenidade que nos leva à felicidade.

Hedonismo – Cultura dos Prazeres

Por causa dessa abordagem, o hedonismo é entendido como a cultura dos prazeres. O prazer como Bem Supremo.

Porém, quando a doutrina filosófico-moral surgiu, os conceitos de prazer, felicidade e bem-estar eram bem diferentes do que estamos habituados hoje, ao menos em terras tupiniquins.

A representação mais típica do Hedonismo é o prazer corporal, aproximando a corrente filosófica do imoralismo, irresponsabilidade e narcisismo.

Para os gregos antigos, a definição de prazer era estar livre, tranquilo e calmo. Como ficou evidenciado pela abordagem epicurista, o hedonismo era justamente o culto à uma vivência pacata e com pouca agitação.

Assim, para os intelectuais gregos da época, para alcançar um estado de paz e tranquilidade – um estado hedonista – era preciso estar acima dos prazeres, estar imune e não mergulhado neles.

“Um novo hedonismo eis o que deseja o nosso século.”

O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde

O Hedonismo Em Cada Sociedade

Isso acontecia porque a sociedade grega da época – ou pelo menos a vida do grupo que gozava de tempo livre para filosofar – era calma, tranquila e pouco ativa.

A sociedade atual passa longe disso. Vivemos em uma era de produção e consumo em ritmos frenéticos. Mesmo os intelectuais, cuja produção é quase exclusivamente teórica, têm cotidianos agitados e um ritmo de vida intenso.

Isso porque é impossível viver alheio ao ritmo das novas cidades. As cidades-estados gregas eram baseadas em um centro comercial/cultural rodeado por grandes construções que davam lugares à espaçosas moradias.

Por obviedades, o cotidiano em espaços urbanos assim era pacato e tranquilo.

Atualmente, a vida comercial das cidades não se limita mais ao centro ou a bairros específicos, está diluída por toda a zona urbana, implicando aos cidadãos, mesmo os economicamente inativos, cotidianos agitados e turbulentos.

Essa diferença gera necessidades completamente distintas às pessoas.

Vivendo em um ritmo controlado e no qual a principal característica é a calmaria e tranquilidade, é fácil entender que esses sejam os estados percebidos como ideais e que se almeja alcançar.

Nessa realidade, ter uma vida calma e tranquila significaria pertencer ao grupo de pessoas que têm as melhores condições de vida.

Hedonismo Moderno – A Cultura do Excesso

Hedonismo Proveniente de Tormentas Psicológicas

No contexto atual, as pessoas que possuem as melhores condições de vida não são as que vivem em um ritmo pacato e tranquilo, pelo contrário. São as que mais produzem para a sociedade. São gestores e diretores de grandes corporações, que vivem com grandes responsabilidades e não têm horário fixo de trabalho, trabalham a toda e qualquer

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