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A Grande Depressão foi a crise mais devastadora da história americana. Ela teve início em 24 de outubro de 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, mas suas raízes começaram a surgir muito antes, enquanto os EUA ainda viviam a euforia de ter superado o Reino Unido como maior potência mundial. O fim da Segunda Guerra Mundial exauriu as economias europeias, deixando muitas delas endividadas. Nesse contexto, os EUA ascenderam como a economia mais próspera da década de 1920. Os avanços tecnológicos gerados pela guerra estimularam e aqueceram a indústria americana.
Entre 1923 e 1929, as fábricas americanas registraram um aumento de 30% na produção e de 62% nos lucros. O crescimento alto e constante fortaleceu a confiança, e fábricas e produtores agrícolas passaram a trabalhar em um esquema de superprodução, onde a oferta supera a demanda.
Na época, os produtores americanos adotaram esse modelo de produção porque estavam certos de que os produtos não encalhariam, já que as exportações e o consumo interno, estimulado pela ampla oferta de empregos, estavam mais altos do que nunca.
A alta produtividade gerou especulação na Bolsa de Valores de Nova York, que registrou alta de 17% no período. Com isso a cotação das ações deu salto, algumas chegando a registrar aumento de 65%. Essa valorização passou a ser constante e a compra de ações se tornou um investimento bastante popular entre bancos e empresas.
Como a média salarial das indústrias não acompanhou esse crescimento, subindo apenas 8% entre 1923 e 1928, pessoas físicas também passaram a investir na compra de ações, que era tida como um investimento seguro e que dava certeza de lucro.