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Resposta:
Explicação:
O uso de agrotóxicos constitui um fator que gera impactos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.
Existe vasta literatura científica comprovando que esses produtos causam danos e desequilíbrios ecológicos.
Porém, a pulverização aérea, realizada por meio de aviões, é ainda mais perversa para a sociedade. Dados de
pesquisas e da subcomissão que tratou do tema da Câmara dos Deputados indicam que cerca de 70% do
agrotóxico aplicado por avião não atinge o alvo, ou seja, o produto vai atingir vizinhos, sejam eles outros
agricultores e plantações, casas, escolas, hospitais, reservas ecológicas e mananciais de água que abastecem
as cidades. É a chamada deriva e que contamina solos, rios e não respeita cercas nem fronteiras.
A pulverização aplicada por avião se constitui em um problema sério em muitas regiões. Maior
ainda nas regiões com extensas áreas agrícolas com predomínio de monocultivos como de soja, milho, trigo
e outros.
Os agricultores que procuram usar moderadamente e os que não usam agrotóxicos, caso dos que
produzem em sistemas agroecológicos e orgânicos são muito prejudicados pela pulverização por aérea.
Além de ser é extremamente danosa e impactante também é uma ação autoritária, pois não respeita a escolha
de quem fez a opção de fazer uma agricultura livre de venenos e uma produção de alimentos saudáveis.
Diante desse quadro, ouvindo relatos de casos de contaminação e desrespeito com comunidades
rurais, meio ambiente e saúde da população é que tomamos essa iniciativa. Nosso objetivo é proteger a vida
em primeiro lugar e pelo menos diminuir o uso de agrotóxicos. Todos sabem que os agrotóxicos matam e ou
causam complicações à saúde humana que muitas vezes vão se manifestar somente após alguns anos,
gerando perdas e sofrimentos para as famílias, bem como gastos para o sistema pública de saúde. Portanto,
defendemos que é precisa prevenir e proteger.
Espero contar com o apoio dos colegas deste Parlamento para somarmos esforços para tirar do
Brasil esse título de campeão de consumo de agrotóxicos e cumprir com nossa missão maior de preservar o
interesse da população gaúcha. Quando interesses econômicos particulares e de setores empresariais entram
em conflito com interesses da maioria deve prevalecer interesses coletivos.